Uma narrativa memorial e de amor sobre a viagem realizada ao Marrocos nos anos 1970 por Jarda Ícone, artista, sexóloga e roqueira octogenária – como ela mesma se define –, e Lírio Terron, ativista pelos direitos humanos. Na verdade, uma viagem que, para eles, não acabou. Jarda dá aulas sobre como as mulheres podem obter o próprio orgasmo. Com seu grupo de discípulas e amigas Ana Brasil, Sheyla Fernanda, Caroline Sylvie e Lakshmi, ela desenvolve projetos feministas e artísticos autossustentáveis.
A personagem de Jarda é interpretada pela própria Helena Ignez e também por sua filha, Djin Sganzerla. Lírio é interpretado por Ney Matogrosso, que já havia trabalhado com a diretora. Ignez conta que uma das inspirações para o filme foi o trabalho da sexóloga americana Betty Dodson, que morreu aos 91 anos, em 2020. A diretora explica que durante o isolamento pôde mergulhar na obra da intelectual, que é nominalmente citada no longa. Já o título é uma citação de Oswald de Andrade: “É um filme antropofágico. Assim como Rogério (Sganzerla), acredito que só a antropofagia nos une. Vivi 35 anos com ele, e dividi essa admiração profunda por Oswald de Andrade. Ambos tinham o mesmo senso de humor, irreverência e profundidade. E, com a celebração dos 100 anos do modernismo, achei que tinha tudo a ver. Oswald é uma luz para mim. O filme está baseado no terceiro momento feminista, que é sobre o prazer da mulher. O orgasmo como autoconhecimento. A mulher lutando pelo direito de ter seu próprio orgasmo”, declarou a diretora em entrevista à Harper’s Bazaar.
“As mulheres entenderam sua possibilidade de ter um orgasmo, que na verdade é algo simples, não é nada tão confuso. Mas elas precisam se libertar das suas ilusões, como se casar com uma pessoa para ter satisfação sexual, a gente sabe que não é assim. Quando contei a ideia para a minha neta, ela me disse uma coisa incrível: ‘masturbação é saúde, não é sexo’. Quer dizer: as cabeças da nova geração já estão vindo diferentes.”
Entrevista da diretora Helena Ignez à Harper’s Bazaar (na íntegra).
Blog do cinema:
Tudo de novo no front - por José Geraldo Couto ►
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IMS Paulista
Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
Os ingressos para as sessões são vendidos na recepção do IMS Paulista e pelo site ingresso.com. A venda é mensal e os ingressos são liberados no primeiro dia de cada mês.
Não é permitido o consumo de bebidas e alimentos na sala de cinema.