O médico nazista Joseph Mengele dedicou parte de seus testes experimentais em seres humanos para provar que as mulheres ruivas tinham um nível de sensibilidade diferenciado. A narradora do filme, Emmy Blum, se estabeleceu em São Paulo nos anos 1950, onde trabalhou como esteticista. Deportada da Hungria em 1944, ela viu Mengele pela primeira vez no pátio principal de Auschwitz. Algumas semanas depois, tornou-se uma de suas cobaias. Depois da guerra, seus caminhos se encontraram novamente no Brasil. Sessenta anos depois, Emmy concorda em participar de um documentário sobre sua vida. Logo, o filme muda de marcha, tornando-se uma reflexão sobre as armadilhas da memória e as dificuldades de refletir o passado em um filme.
Em entrevista a Javier Fuentes Feo e Antonio Hidalgo, Oksman explica: “Eu vejo este filme como uma primeira tentativa de romper com uma série de heranças que comprometiam muito meu trabalho, que não me deixavam ver, que não me deixavam me aproximar dos personagens. Eu tinha moldes absolutamente prontos para trabalhar, que permaneceram por muito tempo, pois continuei trabalhando para a televisão. [...] Foi uma primeira tentativa de rasgar um pouco esse discurso e assumir que todo filme, todo discurso de um diretor, é algo arbitrário, e creio que o filme deve ter as chaves para que o espectador possa intuir qual teria sido o processo de fazê-lo e de como ele foi construído.” Entrevista na íntegra
Debate com Sergio Oksman e convidado
IMS Paulista: com João Moreira Salles: 3 de maio, quinta, após a sessão das 19h
IMS Rio: com Barbara Rangel: 8 de maio, terça, às 19h30
Meus filmes abandonados - Jam session com Sergio Oksman
IMS Paulista: 5 de maio, sábado, às 18h30
Não há sessões previstas para esse filme no momento.
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