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Contraste

A propósito de Nice + Taris ou A natação

À propôs de Nice / La natation par Jean Taris, champion de France

Direção

Jean Vigo, Boris Kaufman

Informações

França
1930 / 1931. 25 / 9min. 14 anos

Formato de exibição

DCP, Cópia restaurada
áudio em francês, legenda eletrônica

A propósito de Nice será exibido junto ao curta Taris ou A natação, também dirigido por Vigo.

IMS Paulista: sessão do dia 25/9, quarta, às 19h, terá apresentação de Bernard Eisenschitz.

A exibição dos filmes de Jean Vigo é realizada em parceria com o Institut Français e a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil.


A propósito de Nice


Taris ou A natação

Jean Vigo | França | 1931, 9’, cópia restaurada em DCP

Em seu livro Jean Vigo, Paulo Emílio Salles Gomes conta que Taris, rei da água, segundo filme dirigido pelo cineasta, foi encomendado pela Gaumont para o que seria uma série de curtas-metragens chamada Journal Vivant, que teria início com documentários esportivos centrados em astros conhecidos. Este episódio apresenta o nadador Jean Taris, então “detentor de 23 recordes franceses em todas as distâncias, de 100 a 1.500 metros. Campeão da Inglaterra das 500 e das 880 jardas... e recordista mundial dos 800 metros”, conforme relata a narração inicial.

Nas palavras de Paulo Emílio: “O resultado não foi desinteressante. Percebia-se o esforço de Vigo para fugir do convencional. Nisso residem o valor e os limites deste pequeno filme. Vigo não tinha muito a dizer sobre Taris ou sobre a natação. As proporções e a perfeita adaptação do corpo do campeão aos movimentos aquáticos tinham-no interessado. Acompanhou, com a câmera, os movimentos de Taris enquanto este se enxugava, e estudou ligeiramente seu corpo até os pés. Quando a câmera tornava a subir, Taris estava de roupão. Como se vê, Vigo não perdera o gosto por certos efeitos formais, neste caso perfeitamente legítimos, aliás, e executados sem o menor exagero.”

“Vigo não gostou desse trabalho. Quando teve a oportunidade de revê-lo em Nice, meses mais tarde, pareceu-lhe francamente ruim, com exceção de algumas imagens dentro d’água. Impressionou-o particularmente a forma que a cabeça do homem adquiria dentro d’água, e vislumbrou suas possibilidades dramáticas. Não o esqueceria no momento de rodar O Atalante.”

Citações retiradas do volume Jean Vigo, de Paulo Emílio Salles Gomes, organizado por Carlos Augusto Calil e publicado pela Cosac Naify em parceria com as Edições Sesc São Paulo em 2009.


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