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Até que a música pare

Direção

Cristiane Oliveira

Informações

Brasil, Itália
2023. 97min. Classificação a confirmar

Formato de exibição

DCP

Depois que o último filho sai de casa, Chiara, matriarca de uma família descendente de italianos, decide acompanhar o marido em suas viagens como vendedor pelos botecos da Serra Gaúcha. Uma tartaruga e baralhos de carta colocarão à prova mais de 50 anos de vida a dois.

Diretora dos longas A mulher do pai (2017) e A primeira morte de Joana (2019), Cristiane Oliveira comentou por ocasião da exibição no Festival do Rio de 2023 o quanto o filme aborda a ética nas relações e as rupturas em relações profundas provocadas por diferenças ideológicas e polarização política. “Este filme dialoga muito com essa dor, com essa escalada de discursos de ódio que fez com que muitas famílias tivessem fissuras, como um vidro que trinca e não se cola mais”, avalia. “É uma dor que permeou todo o nosso processo. Qual o limite da nossa tolerância? É uma pergunta difícil de responder. Quais são as palavras que fazem a gente desistir de quem amamos?”

Ambientado no interior da Serra Gaúcha, o filme é falado em italiam. Uma mescla do português com idiomas do norte da Itália, o italiam foi preservado pela comunidade local, formada de descendentes de imigrantes de italianos que se instalaram na região no século XIX. O elenco foi recrutado entre o grupo de teatro Miseri Coloni, de Caxias do Sul, que há quatro décadas promove o idioma em seus espetáculos. “Não dei o roteiro para eles de cara”, conta Oliveira. “A gente foi conversando sobre as situações primeiro, ao longo de seis meses de trabalho. Dessas conversas, eles, muito generosamente, aceitaram que algumas histórias próprias deles viessem para o filme”.

Depoimentos extraídos de matéria de João Vitor Figueira para o Festival do Rio.

Blog do cinema:
Como nascem os fantasmas - por José Geraldo Couto ►

Cena de Até que a música pare, de Cristiane Oliveira

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