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Black Rio! Black Power!

Direção

Emílio Domingos

Informações

Brasil
2023. 75min. Livre

Formato de exibição

DCP

Os bailes de soul music, que deram origem ao movimento Black Rio, eram espaços de afirmação e resistência política do jovem negro do Rio de Janeiro nos anos 1970. A partir das trajetórias de Dom Filó e da equipe de som Soul Grand Prix, o filme apresenta a importância da cena musical na luta por justiça racial durante a ditadura militar brasileira, sua influência no hip hop e no funk, e o impacto nas novas gerações do orgulho negro e da valorização estética difundidos há décadas.

“Meu filme retrata o Rio de Janeiro do subúrbio, da periferia negra que se organiza, que se mobiliza, que se reúne, que comemora a vida, que afirma a sua identidade e que, nos anos 1970, por meio desses bailes, conseguiu gerar uma grande reflexão sobre a própria negritude”, declara Domingos em entrevista ao Correio da Manhã. “A Black Rio foi um movimento que unia quase um milhão de pessoas por mês, dançando. Lançaram vários discos que invadiram a indústria fonográfica. Começaram a ganhar uma força muito grande, a ponto de incomodar, serem boicotados e sofrerem um grande apagamento”.

Resultado de uma pesquisa extensa, realizada ao longo de mais de 10 anos, Black Rio! Black Power! faz parte de uma cinematografia dedicada a explorar diferentes movimentos e tecnologias da juventude negra e periférica, como A batalha do passinho (2012), Deixa na régua (2015) e Favela é moda (2019), todos dirigidos por Emílio Domingos.

“A Black Rio influenciou tudo que veio depois, em relação à negritude, à própria conscientização do povo negro, e acho que o movimento está muito vivo hoje em dia. [...] A Black Rio está presente nos bailes funk no sentido da tecnologia da festa. Eles criaram essa tecnologia do baile que a gente tem hoje. Em termos ideológicos, acho que no hip hop e no rap brasileiro, a afirmação do negro, numa politização importante, deve muito à Black Rio. Os bailes não eram só diversão. É isso que o filme tenta mostrar”.

Entrevista do diretor Emílio Domingos ao jornal Correio da Manhã (na íntegra).

 

Blog do cinema:
Pérolas negras - por José Geraldo Couto ►

 

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Cena de Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos

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