Uma trupe de artistas ambulantes viaja pelo interior do Brasil. Um caminhão colorido carrega a Caravana Rolidei e suas atrações – Salomé, a Rainha da Rumba, Lorde Cigano, o Imperador dos Mágicos e dos Videntes, e Andorinha, o Rei dos Músculos. A eles se juntam o sanfoneiro Ciço e sua esposa, Dasdô. Fazendo espetáculos e fugindo da concorrência da televisão, atravessam o Nordeste e o Norte do país, do vale do São Francisco até a rodovia Transamazônica.
Com José Wilker, Betty Faria e Fábio Júnior no elenco, a equipe viajou por cerca de 15 mil quilômetros para filmar o trajeto da caravana. Em texto publicado na edição de 3 de fevereiro de 1980 do Jornal do Brasil, cerca de duas semanas antes da estreia comercial do filme, Carlos Diegues escreve:
“Bye Bye Brasil é o meu sonho sobre isso que se convencionou chamar de realidade brasileira. Ou seja, mais uma modesta versão pessoal, uma das muitas versões possíveis sobre alguns aspectos do que ocorre com o mundo e as pessoas mais próximas de mim. [...] Só que agora a mágica do cinema, o mistério da sua luz, captura um país em transe, onde convivem no mesmo espaço/tempo o moderno e o arcaico, a riqueza e a pobreza, a selva e a poluição, a comédia e a tragédia, numa situação-limite que pode estar anunciando a civilização do século XXI.
Porque, embora o coração tente me dizer que o apocalipse já começou, é preciso acreditar que ele é inevitável e que a soma de cada uma de nossas esperanças será o seu principal bloqueio. Se cada um de nós acreditar firmemente que a autodestruição não é uma fatalidade da história humana, talvez aí comecem a dar certo as mágicas trabalhadas pelos alquimistas dos anos 1960. Talvez aí a ideia brilhe vitoriosa sobre a mesquinhez dos interesses.
Atormentada obsessão daqueles alquimistas, o Brasil é o personagem principal deste filme. Um Brasil que você ainda não viu, que surpreende a mim mesmo sempre que revejo. Acabou-se o tempo da pirraça. Bye Bye Brasil é um filme onde se procura demonstrar que só é possível transformar a partir do transformado, com prazer e direito à felicidade. O cinema não pode ser uma reflexão olímpica sobre a realidade, ele precisa ser um dos reflexos dela.”
O filme fez parte da seleção oficial do Festival de Cannes, em 1980, após um período de nove anos sem produções brasileiras indicadas para o evento.
Não há sessões previstas para esse filme no momento.
Os ingressos para as sessões de cinema do IMS são vendidos nas bilheterias dos centros culturais e no site ingresso.com.
As bilheterias vendem ingressos apenas para as sessões do dia. No site, as vendas são semanais: a cada quinta-feira são liberados ingressos para as sessões que acontecem até a quarta-feira seguinte.
IMS Paulista
R$8 (inteira) e R$4 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 10h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
IMS Rio
R$8 (inteira) e R$4 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 11h até o início da última sessão de cinema do dia, na recepção.
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