No centro do Rio de Janeiro, uma praça vazia com um chafariz seco e um estacionamento subterrâneo. Há 40 anos, ali ficava o Palácio Monroe, antiga sede do Senado Federal. Com uma centena de fotos antigas, 26 filmes de arquivo – incluindo um raro registro a cores da demolição do palácio – e de entrevistas com pessoas envolvidas no caso, o filme discute o processo histórico que culminou na demolição do Palácio Monroe e as dúvidas que ainda persistem sobre o assunto. Uma história de sabres e leões, militares e arquitetos, passado e futuro.
Nas palavras do diretor Eduardo Ades, em depoimento publicado no blog do IMS, a história do Palácio Monroe é relativamente conhecida dentre as mitologias da cidade. No entanto, “nenhuma explicação satisfatória foi dada para a sua demolição”.
Conta o diretor que, durante a realização do documentário: “percebemos que a história era outra. Era uma história de violência – sobre o aspecto absolutamente autoritário de nossa sociedade, em especial nos âmbitos político e econômico. É curioso, mas foi só aí é que percebemos de fato qual o diálogo do filme com o tempo presente – em específico as transformações no Rio para a Copa e as Olimpíadas.”
