Neste mês, a Sessão Cinética mostra o mais novo filme de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, Swinguerra, em conjunto com mais quatro outros trabalhos da dupla, que transita entre as artes visuais e o cinema. Sua pesquisa artística tem como ponto de partida o conceito de cultura popular, noção fundamental para a formação dos imaginários nacionais e regionais. O conjunto de filmes apresentados estuda o universo de gêneros como frevo, gospel, brega, swingueira e a Schlager, um tipo de música pop alemã.
A primeira exibição do conjunto de filmes será seguida de debate com os críticos da revista Cinética.
Estás vendo coisas
Bárbara Wagner e Benjamin de Burca | Brasil | 2016, 16', DCP
Na paisagem social e profissional da música brega do Recife, a indústria dos videoclipes é catalisadora de uma ideia de futuro pontuada pelo desejo de sucesso tal qual encorajado pelo capitalismo. Estás vendo coisas observa esse mundo onde a autorregulação e a manipulação da imagem têm papel crucial na construção da voz, do status e da identidade de toda uma nova geração de artistas populares. Escrito e encenado por participantes do brega, o filme acompanha dois personagens principais – o cabeleireiro MC Porck e a bombeira e cantora Dayana Paixão – em seus percursos entre o estúdio e o palco.
Terremoto santo
Bárbara Wagner e Benjamin de Burca | Brasil | 2017, 19', DCP
Em Terremoto santo, Bárbara Wagner e Benjamin de Burca estabeleceram parceria com uma gravadora de música gospel da cidade de Palmares, em Pernambuco, a fim de tratar dos aspectos sociais e estéticos da prática pentecostal. A liturgia dos cultos evangélicos é especialmente musical nessa região da Zona da Mata, marcada pela história da cana-de-açúcar e habitada por jovens que buscam nos cantos de louvor uma forma de trabalho.
Swinguerra
Bárbara Wagner e Benjamin de Burca | Brasil | 2019, 22', DCP
Na quadra de esportes de uma escola pública, um grupo de dançarinos ensaia sob o olhar atento de um coreógrafo, em rotinas altamente disciplinadas. As tensões do trabalho assombram os desejos pessoais enquanto são observados pelas companhias rivais.
Comissionado para o Pavilhão do Brasil na 58ª Bienal de Veneza, o filme foca em três estilos de dança da periferia do Recife: a swingueira, o brega-funk e o passinho dos maloka, representados pelos grupos Cia. Extremo, Grupo La Máfia e Bonde do Passinho/As do Passinho S.A.
RISE
Bárbara Wagner e Benjamin de Burca | Brasil, EUA, Canadá | 2018, 20', DCP
Nos espaços subterrâneos da nova extensão do metrô de Toronto, um grupo de poetas, rappers, cantores e músicos negociam seu status como primeira e segunda geração de artistas da cidade, bem como colonos que vivem em terras indígenas.
Apresentando participantes da R.I.S.E. (Reaching Intelligent Souls Everywhere) EDUTAINMENT – um evento que acontece semanalmente nos centros comunitários suburbanos de Toronto –, o filme adota o conceito de "edutainment", termo que junta as palavras "educação" [education] e "entretenimento" [entertainment], como uma ferramenta para sua estrutura e seu roteiro.
Bye bye Deutschland! Eine Lebensmelodie
Bárbara Wagner & Benjamin de Burca | Brasil, Alemanha | 2017, 20', DCP
Bye bye Deutschland! Eine Lebensmelodie acompanha a vida de cantores de Münster que se tornaram conhecidos como covers das vozes mais proeminentes de diferentes eras da música Schlager. Enquanto Markus ganhou reconhecimento pelos seus tributos para Udo Jürgens no YouTube (que introduziu a chanson francesa no Schlager em 1970), Steffi executa o repertório de Helene Fischer, um ícone do Schlager contemporâneo, que abriu o gênero para um padrão de pop global. Combinando as convenções do cinema documental e do musical, o filme aborda o renascimento de uma indústria que, na imagem pública, está muitas vezes associada a um sonho de terras estrangeiras, textos simples com imaginário nacionalista ou um pesado sentimentalismo. Como gênero musical, Schlager é tão difícil de definir quanto seria improdutivo simplificar os contextos em que foi produzido nos últimos 50 anos. Hoje, o Schlager divide opiniões e toca distintas gerações.
Não há sessões previstas para esse filme no momento.
Os ingressos para as sessões de cinema do IMS são vendidos nas bilheterias dos centros culturais e no site ingresso.com.
IMS Paulista
R$8 (inteira) e R$4 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
A bilheteria vende ingressos apenas para as sessões do dia. No ingresso.com, a venda é semanal: toda quarta-feira, às 18h30, são liberados ingressos para as sessões que acontecem até a quarta-feira seguinte.
IMS Rio
R$8 (inteira) e R$4 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 11h até o início da última sessão de cinema do dia, na recepção.
A bilheteria vende ingressos apenas para as sessões do dia. No ingresso.com, as vendas para as sessões de cada mês acontecem a partir do 1º dia do mês vigente.
Sessão Cinética com debate
Em fevereiro de 2020, os curtas-metragens de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca serão exibido como parte da Sessão Cinética. Haverá debate após algumas das sessões.
IMS Paulista: 13/2/2020, após a sessão das 19h, debate com os críticos da revista Cinética
IMS Rio: 13/2/2020, após a sessão das 19h, debate com os críticos da revista Cinética
Todos os dias e horários de exibição dos curtas-metragens de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca
A revista Cinética e o IMS promovem sessões bimestrais nos cinemas do Instituto, abrindo mais um espaço de reflexão e apreciação de filmes fora do circuito exibidor tradicional. Além disso, críticos da revista produzem textos especiais para as sessões e mediam um debate após algumas das exibições.
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