O mundo é um lugar misterioso quando visto pelos olhos de um animal. EO, um burro cinza com olhos melancólicos, conhece pessoas boas e más ao longo do caminho. Após deixar o circo, faz uma jornada que vai da Polônia até a Itália, experimenta alegria e dor, transforma sua sorte em desastre, e seu desespero em uma inesperada felicidade. Mas nem por um momento ele perde sua inocência.
Eo é uma homenagem do veterano diretor polonês Jerzy Skolimowski ao filme A grande testemunha (Au Hasard Balthazar, 1966), de Robert Bresson: “Há décadas, eu disse em uma entrevista (acho que foi para a Cahiers du Cinéma) que o único filme que me levou às lágrimas foi A grande testemunha. Acho que o descobri logo após seu lançamento. Desde então, não derramei uma única lágrima no cinema. Assim, o que devo a Robert Bresson é ter adquirido a forte convicção de que fazer de um animal um personagem do filme não apenas é possível como pode ser uma fonte de emoção.”
“Os diretores usam argumentos intelectuais e linguagem emocional para provocar os atores a produzir o efeito desejado. Com o meu burro, a única forma de o persuadir a fazer qualquer coisa era com ternura: palavras sussurradas ao seu ouvido e algumas carícias amigas. Levantar a voz, mostrar impaciência ou nervosismo teria sido o caminho mais rápido para o desastre”, comenta o diretor sobre o trabalho com o animal. “Os burros têm uma natureza surpreendentemente idiossincrática. Cada um que empregamos tinha um caráter muito diferente, o que tornava a execução de cada tomada bastante imprevisível. Era como tentar resolver um quebra-cabeça todos os dias; tentando descobrir o que cada burro gosta, ou odeia, teme ou adora. (...) O estereótipo mais comum sobre os burros, o de que são teimosos, é verdade. Às vezes era mais fácil reorganizar uma cena, ou um movimento de câmera tão planejado, do que tentar convencer o burro a fazer algo que não queria fazer.”
Depoimentos do diretor Jerzy Skolimowski extraídos do portal Zeta Filmes ►
Não há sessões previstas para esse filme no momento.
Vendas
Os ingressos do cinema podem ser adquiridos no site ingresso.com e na bilheteria do centro cultural, mais informações abaixo.
Meia-entrada
Com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública, estudantes, crianças de 3 a 12 anos, pessoas com deficiência, portadores de Identidade Jovem e maiores de 60 anos.
Cliente Itaú
Desconto de 50% para o titular ao comprar o ingresso com o cartão Itaú (crédito ou débito). Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala.
IMS Paulista
Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
A bilheteria vende ingressos apenas para as sessões do dia. No ingresso.com, a venda é semanal: toda quarta-feira, às 18h, são liberados ingressos para as sessões que acontecem até a quarta-feira seguinte.
Não é permitido o consumo de bebidas e alimentos na sala de cinema.