Os Paiter Suruí, habitantes da terra indígena Sete de Setembro, em Rondônia, viveram mais de metade do século XX isolados. Perpera, o protagonista de Ex-pajé, tinha 20 anos quando seu povo fez o primeiro contato com os brancos, em 1969. Até aquele momento, ele era pajé de seu povo. Mas, com os brancos, chegou o pastor evangélico que condenava o xamanismo, e Perpera viu-se obrigado a abandonar sua prática ancestral. O ex-pajé sabe que os espíritos da floresta estão bravos, já que ele não reza mais nem toca as flautas sagradas. Com medo, dorme sempre com a luz acesa. “Antes se consultava o pajé, hoje só tomam aspirina”, diz, contrariado.
“O filme retrata a experiência indígena brasileira nos tempos atuais de dentro para fora. Se mantém longe dos clichês românticos. Ele mergulha na vida cotidiana de uma tribo de cerca de mil indígenas que ainda falam a língua Paiter Suruí, e até 1969 viviam isolados na floresta. [...] O conceito foi trabalhar no limite entre documentário e ficção. Os atores interpretam eles mesmos e retratam suas histórias verídicas. Torna-se difícil identificar a linha tênue onde a ficção começa e o documentário termina, e vice-versa”, conta o diretor Luiz Bolognesi.
O longa recebeu Menção Especial do júri para documentário original no Festival de Berlim de 2018, onde teve sua primeira exibição.
IMS Poços
4 de junho de 2019, terça, às 18h30
Exibição + conversa com o Cacique Jal Jânio Ferreira do Nascimento e a Pajé Josefa Ferreira da Silva, membros da Escola Indígena Xucuru Kariri Warkanã de Aruanã, de Minas Gerais. Mediação da pedagoga Beatriz Sales da Silva.
Beatriz Sales da Silva é doutora em Educação na área de Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP 2017), Mestre em Educação na área de Ensino e Práticas Culturais pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, 2010), graduada em Pedagogia pela PUC-MG. Atua como Analista Educacional Pedagoga na Superintendência Regional de Ensino de Poços de Caldas, MG e tem experiência em Educação Escolar Indígena desde 2003 atuando no processo de criação e acompanhamento pedagógico na E.E Indígena Xucuru Kariri, Caldas, MG.
Jânio Ferreira do Nascimento é Cacique Jal, com Formação Notório saber. Natural de Palmeira dos Índios - AL.
Josefa Ferreira da Silva é Pajé, liderança Indígena, com Formação Notório saber. Natural de Palmeira dos Índios - AL.
Não há sessões previstas para esse filme no momento.
Os ingressos para as sessões de cinema do IMS são vendidos nas bilheterias dos centros culturais e no site ingresso.com.
As bilheterias vendem ingressos apenas para as sessões do dia. No site, as vendas são semanais: a cada quinta-feira são liberados ingressos para as sessões que acontecem até a quarta-feira seguinte.
IMS Rio
Terça a quinta: R$22 (inteira) e R$11 (meia). Sexta a domingo e feriados: R$26 (inteira) e R$13 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 11h até o início da última sessão de cinema do dia, na recepção.
IMS Poços
Entrada gratuita, por ordem de chegada.
Sem distribuição de ingressos.
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