Nas palavras do diretor Joaquim Pedro de Andrade, Guerra conjugal “ilustra crônicas de psicopatologia amorosa na civilização do terno e gravata, ainda vigente na mitológica e ubíqua cidade de Curitiba, onde medram flores de plástico e elefantes vermelhos de louça podem surgir a qualquer momento”.
O filme é uma adaptação de 16 contos de Dalton Trevisan, retirados não apenas do livro Guerra conjugal, mas também de Novelas nada exemplares, Desastres do amor, O vampiro de Curitiba, Cemitério de elefantes e O rei da terra.
Por ocasião do lançamento do filme, em 1975, Trevisan escreveu uma nota no jornal O Globo: “O belíssimo filme de Joaquim Pedro me deslumbrou os olhos, alegrou o coração e edificou a alma. Melhor que o livro é essa fabulosa obra-prima dirigida com garra, humor e consciência crítica. Uma experiência inesquecível o filme Guerra conjugal. Foi para mim e será para todos os que assistirem.”
O longa foi exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes de 1975 e, no Festival de Brasília do mesmo ano, recebeu os prêmios de Melhor Diretor, Melhor Atriz e Melhor Montagem.
[Os textos completos podem ser encontrados em: bit.ly/jpa-gc]
IMS Rio
17 de outubro de 2018, às 19h
Após a sessão, haverá um debate com Cristina Aché, Heloisa Buarque de Hollanda e Ítala Nandi.
Heloisa Buarque de Hollanda é professora Emérita de Teoria Crítica da Cultura/Escola de Comunicação e coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea/Faculdade de Letras, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, desenvolve o projeto Universidade das Quebradas, baseado no conceito de ecologia dos saberes. Atualmente, as questões relativas ao cruzamento da tecnologia, cultura e desenvolvimento são seu foco principal. É autora de muitos livros, entre eles: 26 poetas hoje e Feminismo como crítica da cultura.
Cristina Aché, além de atriz, é uma artista plástica que cria tecidos para diversas finalidades, fazendo lenços, figurinos e painéis cenográficos para artes cênicas, tecidos para vestuário e padrões exclusivos para decoração. Ao longo da carreira de atriz, Cristina, que trabalhou nos filmes O homem do pau-brasil, Vereda Tropical e Guerra conjugal, recebeu as principais premiações brasileiras de cinema e teatro, como o Mambebe, o Kikito e o Candango, tendo também atuado na TV e dirigido o espaço cultural Galpão do Solar, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Ítala Nandi, que trabalhou em O homem do pau-brasil e Guerra conjugal, é atriz multipremiada de teatro, cinema e televisão, além de roteirista, produtora, diretora, professora, escritora e tradutora. Recebeu Notório Saber em Artes Cênicas pela UNIRIO em 2003, e entre 2005 a 2007 criou dirigiu e coordenou a Escola Superior Sul-Americana de Cinema e TV do Paraná, em Curitiba, cidade onde também criou o Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino Americano. Aos 55 anos de profissão, em 2011, foi admitida na Ordem do Mérito Cultural, recebendo o título de Comendadora pela República Federativa do Brasil.
Não há sessões previstas para esse filme no momento.
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