Uma linha geopolítica improvável entre a pequena aldeia húngara de Nagyvárad e a Terra Indígena Yanomami, na Amazônia brasileira. Judia, sobrevivente da Segunda Guerra, Claudia Andujar exilou-se no Brasil e dedicou a vida à salvaguarda dos povos Yanomami.
“Constato que me sinto à vontade neste mundo Yanomami. Não me sinto mais uma estranha. Este mundo ajuda a me compreender e a aceitar o outro mundo em que me criei. Os dois mundos estão se juntando, num grande abraço. É, para mim, um mundo só”, dizia Andujar em 1975, em um registro publicado tempos depois no catálogo da exposição Claudia Andujar: a luta Yanomami, inaugurada em dezembro de 2018 no Instituto Moreira Salles, em São Paulo.
Nas palavras da diretora Mariana Lacerda: "Gyuri é um filme que tenta seguir os passos de Claudia no seu desejo de coexistência de mundos. Um documentário com e para Claudia Andujar, ela que desenhou uma linha geopolítica improvável que nasce na então pequena e destruída cidade de Nagyvárad em guerra, na Hungria, e alcança florestas amazônicas vivas, pulsantes. Eis nossa pequena aposta, o cinema enquanto meio e fim, que faz dilatar o tempo das relações, que promove os encontros e as aproximações entre territórios, entre os povos das cidades e aqueles da floresta."
Assista às falas de abertura da sessão, com a participação de pessoas que ajudaram a construir o documentário: a coprodutora Márcia Vaz, os líderes indígenas Davi e Dário Kopenawa, o filósofo Peter Pál Pelbart, o missionário Carlo Zacquini e a diretora Mariana Lacerda, além do curador Thyago Nogueira.
O filme terá outras exibições nos cinemas do IMS, no Rio de Janeiro e em São Paulo, ao longo de julho e agosto de 2022. Nessas sessões, o filme será exibido junto com o curta-metragem Ladeira abaixo, de Musa Michelle Mattiuzzi, produzido para o programa IMS Convida.
IMS Paulista
Entrada gratuita, sujeita à lotação.
Distribuição de senhas 60 minutos antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.
Não é permitido o consumo de bebidas e alimentos na sala de cinema.