Em 1978, Ron Stallworth, primeiro policial negro de Colorado Springs, conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunicava com os outros membros do grupo através de telefonemas e cartas, e quando precisava estar fisicamente presente enviava um outro policial, seu colega branco e judeu, em seu lugar.
Infiltrado na Klan se baseia numa história real, relatada por Ron Stallworth no livro Black Klansman. Spike Lee foi apresentado à história por Jordan Peele, diretor de Corra! (2017) e um dos produtores do filme: “Eles [Peele e os coprodutores] adquiriram os direitos do livro e sentiam que precisava de um toque. E foi isso que eu fiz. Fiquei muito grato pela oportunidade, porque nunca havia ouvido falar em Stallworth”, contou Lee à revista Rolling Stone.
Apesar de se passar na década de 1970, o filme tanto retoma o passado americano, sobretudo nas menções ao filme O nascimento de uma nação, de D. W. Griffith, quanto o presente, com menções diretas ao atual presidente, Donald Trump. Cate Blanchett, presidente do júri do Festival de Cannes em 2018, chegou a comentar que o filme seria essencialmente sobre uma crise americana, ao que o diretor declarou: “O que eu acho que ela deixou escapar, e que os outros jurados deixaram também – e não digo isso porque não recebi a Palma de Ouro – é que não é apenas sobre os Estados Unidos da América. Isso está acontecendo por toda a Europa: Grã-Bretanha, França, Itália, o crescimento dos neonazis na Alemanha. Eu queria que as pessoas entendessem isso. Essa ascensão de grupos fascistas de direita não é apenas um fenômeno americano.”
Nesta edição do Festival de Cannes, Infiltrado na Klan recebeu o Grande Prêmio do Júri.
Leia a íntegra da entrevista de Spike Lee à revista Rolling Stone.
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