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Contraste

Johatsu – Os evaporados

Johatsu – Into Thin Air

Direção

Andreas Hartmann, Arata Mori

Informações

Alemanha, Japão
2024. 86min. 14 anos

Formato de exibição

Arquivo digital

Todos os anos, milhares de pessoas desaparecem sem deixar rastros no Japão. Conhecidas como Johatsu, ou “os evaporados”, elas abandonam suas vidas por vários motivos, como um relacionamento problemático, dívidas crescentes ou ameaças da máfia. Alguns recebem apoio das chamadas empresas de “mudança noturna”, que ajudam as pessoas a desaparecer e começar uma nova vida em outro lugar. Analisando intimamente o fenômeno das “pessoas que evaporam”, Johatsu – Into Thin Air retrata os conflitos internos e as tentativas de reconciliação daqueles que desapareceram e daqueles que foram deixados para trás.

“Em 2014, eu estava morando no Japão como artista em residência”, conta Andreas Hartmann a Teresa Vena para o portal Cineuropa. “Durante esse período, eu estava trabalhando no meu documentário anterior, A Free Man, sobre um jovem japonês que decidiu viver como sem-teto por opção. Ele fugiu de sua família e optou por escapar da pressão de uma sociedade orientada para a realização. Durante esse projeto, conheci o bairro de Nishinari, em Osaka, onde as pessoas podem viver anonimamente. Quando fiquei sabendo da existência de empresas de ‘mudança noturna’, que ajudam as pessoas a desaparecer, decidi fazer um novo filme sobre isso e me juntei ao meu parceiro de direção Arata Mori”.

Os diretores contam também que seus personagens aceitaram participar do filme porque nenhum dos cineastas vive no Japão, e sob a condição de que o filme não seja exibido no país – seja em cinema, TV ou streaming. Mori conta que uma das principais fontes para chegarem a seus personagens “foi a empresa de transporte noturno Sra. Saita, uma de nossas principais protagonistas. Perguntamos a ela se poderia nos apresentar a alguns de seus clientes. Essas pessoas colaboraram conosco apenas porque confiavam na sra. Saita. Portanto, sem ela, teria sido impossível encontrá-las. Por outro lado, encontramos protagonistas no distrito de Nishinari, em Osaka. É uma área de favela, onde as pessoas podem dormir em um hotel extremamente acessível e trabalhar sem ter de mostrar qualquer identificação. Você pode viver lá de forma totalmente anônima – é o melhor lugar para se esconder”.

Entrevista dos diretores Andreas Hartmann e Arata Mori a Teresa Vena para o portal Cineuropa (na íntegra, em inglês).

Cena de Johatsu – Os evaporados, de Arata Mori e Andreas Hartmann

Correalização:

Apoio:


Programação

Não há sessões previstas para esse filme no momento.

Sessões foram exibidas no IMS Paulista.

Debate

Debate com áudio em Português
Debate com áudio em Inglês

Arata Mori
É diretor de cinema e videoartista japonês, residente em Berlim e Tóquio, graduado no curso de belas-artes da Central Saint Martins, em Londres. A sua prática criativa atravessa os campos do cinema documental e experimental, da dança-teatro e da arquitetura. Em 2021, Mori realizou o seu primeiro longa documentário em A Million, que foi exibido no festival de documentários Dok Leipzig. Codirige, junto com Andreas Hartmann, o longa-metragem documental Johatsu − Os evaporados, uma coprodução com a BR/ARTE. É também cofundador, com Laurian Ghinitoiu, do projeto de uma série de vídeos, em colaboração com arquitetos e artistas de renome, incluindo BIG, OMA, SO-IL e Shiota Chiharu.

 

Andreas Hartmann
É documentarista, cineasta, fotógrafo e produtor de rádio, residente em Berlin. Formou-se na Academia de Cinema e Televisão (HFF) Konrad Wolf, em Potsdam-Babelsberg, Alemanha, e foi aluno de mestrado (Arte and Media) na Universidade das Artes de Berlim (UdK). Em 2014, foi artista residente no Goethe-Institut Villa Kamogawa em Quioto, Japão. Em 2017, foi nomeado para o prêmio televisivo alemão Grimme-Preis e recebeu a Bolsa Gerd Ruge. O seu terceiro documentário de longa-metragem, A Free Man, recebeu o prêmio Busan Cinephile no 22º Festival Internacional de Cinema de Busan, como o melhor documentário mundial, e foi exibido no 60º DOK Leipzig Festival de Cinema. Em 2018, foi artista residente no Tokyo Arts and Space International Creator Residency Program.

 

Flavia Guerra
Documentarista e jornalista, é editora do TelaTela, blog especializado em cinema e TV, e apresenta o podcast Plano Geral, com Thiago Stivaletti. É colunista de cinema da BandNews FM e, em 2019, cobriu grandes festivais internacionais de cinema para o Canal Brasil. Em documentários, já roteirizou, narrou, produziu, dirigiu e participou de diversos projetos, incluindo Karl Max Way, Marcha da vida e Brasil visto do céu. Também foi pesquisadora e roteirista do longa Em busca da cerveja perfeita.

 

Ana Paula Sousa
Jornalista, mestra em Indústrias Culturais e Criativas pelo King’s College e doutora em Sociologia pela Unicamp, é editora de cultura da CartaCapital e professora de cinema e audiovisual da ESPM-SP. É autora do livro O cinema que não se vê.


Ingressos

IMS Paulista

Entrada gratuita. Sujeita à lotação da sala.
Distribuição de senhas 60 minutos antes da exibição. Limite de uma senha por pessoa.
O debate da sessão do dia 12/10 será em inglês e contará com tradução simultânea em português.