Cinco mulheres da mesma família, de diferentes gerações, administram um antigo hotel familiar, na costa norte de Portugal, tentando salvá-lo da decadência inexorável. Um conflito antigo, talvez irreparável, pesa sobre elas: são mães incapazes de amar suas filhas. Quando a jovem Salomé chega ao hotel, velhas feridas são reabertas. O convívio neste mesmo espaço, por vezes claustrofóbico, causa uma perturbação que traz à tona ódios latentes e rancores acumulados.
O filme de João Canijo se passa todo em uma mesma locação, um hotel junto à praia, em Ofir, Esposende, e compõe um díptico com seu outro filme Viver mal, com estreia prevista para fevereiro de 2024. Enquanto Mal viver se concentra na família das proprietárias do lugar, Viver mal se debruça sobre as hóspedes. Este último é uma livre adaptação de três peças do dramaturgo sueco August Strindberg, a quem Canijo se refere como “mestre espiritual” de Ingmar Bergman, outra das suas referências.
“Este projeto parte de um conceito fundamental: a ansiedade”, comenta o diretor em entrevista a Daniel Ribas. “Isto é, como a ansiedade pode impedir o amor; e a expressão desse amor pode impedir de viver. É a ansiedade que impede uma das protagonistas de ter uma relação normal com a filha: a ansiedade em relação à responsabilidade de ter de a criar. A ansiedade de ter de a amar, impede-a de amar.”
“Há uma frase do Ingmar Bergman que para mim se tornou muito importante (li-a aos 20 anos e só a percebi 20 anos depois): um filme tem de partir de uma ideia que esteja presente em cada cena e em cada plano. Só compreendi isso completamente no Sangue do meu sangue. Esta conceção do cinema não significa que tenha de ser evidente, mas é fundamental que haja uma ideia que conduza os filmes.”
Mal viver recebeu o Urso de Prata, Prêmio do Júri, no Festival de Berlim 2023, e Viver mal participou da mostra Encounters, também em Berlim.
Entrevista do diretor João Canijo à Daniel Ribas (na íntegra).
Seres num aquário - por José Geraldo Couto (Blog do cinema).
Em março de 2024, o filme Viver mal também será exibido no IMS Paulista.
Não há sessões previstas para esse filme no momento.
Vendas
Os ingressos do cinema podem ser adquiridos online ou na bilheteria do centro cultural, mais informações abaixo.
Meia-entrada
Com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública, estudantes, crianças de 3 a 12 anos, pessoas com deficiência, portadores de Identidade Jovem e maiores de 60 anos.
Cliente Itaú
Desconto de 50% para o titular ao comprar o ingresso com o cartão Itaú (crédito ou débito). Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala.
Devolução de ingressos
Em casos de cancelamento de sessões por problemas técnicos e por falta de energia elétrica, os ingressos serão devolvidos. A devolução de entradas adquiridas pelo ingresso.com será feita pelo site.
IMS Paulista
Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
Os ingressos para as sessões são vendidos na recepção do IMS Paulista e pelo site ingresso.com. A venda é mensal e os ingressos são liberados no primeiro dia de cada mês.
Não é permitido o consumo de bebidas e alimentos na sala de cinema.