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Mami Wata

Mami Wata

Direção

C.J. "Fiery" Obasi

Informações

Nigéria
2023. 107min. 14 anos

Formato de exibição

DCP

Este filme faz parte da programação Novembro Negro.

 

Mami Wata é uma divindade adorada pelos habitantes da remota vila de Iyi, na África Ocidental. Mama Efe, sua representante, exerce autoridade espiritual na vila, até que a morte de uma criança perturba a paz da comunidade. O poder da divindade passa a ser questionado por aqueles com diferentes ideologias, e Prisca e Zinwe, filhas de Mama Efe, se unem para salvar sua aldeia e restaurar a glória de Mami Wata em Iyi.

Mami Wata é o terceiro longa-metragem do expoente diretor nigeriano C.J. “Fiery” Obasi, produzido por sua companheira de vida Oge Obasi sob a bandeira da Fiery Film Company. Fundada pelo casal para criar filmes de gênero sob uma perspectiva africana, a Fiery Film estreou no longa-metragem com Ojuju, um filme de zumbis realizado com baixo orçamento, seguido por O-Town, um suspense criminal, e Juju Stories junto ao coletivo Surreal 16. A ideia para Mami Wata chegou a C.J. Obasi em uma espécie de transe:

“Eu tive uma visão. Literalmente, entrei em um estado de transe, o que aconteceu comigo no máximo quatro vezes em toda a minha vida”, conta a Wendy Mitchell para o portal ScreenDaily. “Quando criança, eu tinha uma imaginação muito vívida e conseguia ver coisas imaginárias. Em 2016, tive uma visão de uma praia em que vi uma jovem mulher caminhando em direção ao oceano, passando por mim e indo em direção à deusa. Ainda posso vê-la claramente agora, fico arrepiado quando falo sobre ela, porque é muito clara. E a visão era em preto e branco. Então, eu sabia qual seria meu próximo filme. E essa é a cena no final do filme.”

A fotografia PB é assinada pela brasileira Lílis Soares que, entre outros, fotografou também Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente, Um dia com Jerusa e Ó pai, Ó 2, de Viviane Ferreira. Em sua estreia no Festival de Sundance, em 2023, Mami Wata recebeu o prêmio Especial do Júri para a Direção de Fotografia. Na sequência, foi premiado no FESPACO também por Melhor Fotografia, além de Melhor Design de Produção e o prêmio da Crítica Africana.

“O longa é, em sua maior parte, um filme de imagem escura, e eu sabia que precisávamos dessa escuridão para alcançar a imagem que tínhamos em mente”, conta Lílis Soares ao portal Afrocritik. “Em muitas cenas, trabalhamos principalmente com os movimentos corporais dos atores, que também eram fantásticos. Minha experiência em trabalhar com pessoas de pele negra também foi muito vantajosa. Para mim, era como pintar. Eu só precisava saber onde colocar a luz e onde adicionar volume. Era apenas uma questão de iluminação e de explorar diferentes ângulos para conseguir isso.”

Entrevistas do diretor C.J. “Fiery” Obasi aos portais Screen Daily e Afrocritik (em inglês).

Cena de Mami Wata, de C.J. “Fiery” Obasi

Programação


Ingressos