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Maputo Nakuzandza

Direção

Ariadine Zampaulo

Informações

Brasil, Moçambique
2022. 71min. 10 anos

Formato de exibição

DCP
legendas em português

Este filme faz parte da programação Novembro Negro.

 

Amanhece na capital de Moçambique. Jovens saem de uma festa e nos quintais senhoras iniciam o dia. Um homem corre, uma mulher chega de viagem, um turista passeia, um trabalhador apanha o transporte público e a rádio Maputo Nakuzandza anuncia o desaparecimento de uma noiva.

Em seu primeiro longa-metragem, Ariadine Zampaulo faz uma crônica em torno de um dia na cidade em que viveu por seis meses, durante um intercâmbio da graduação. Em entrevista a Adriano Garret para o portal Cine Festivais, a cineasta conta: “Eu falo que o filme teve um processo de produção ao contrário, porque normalmente você faz vários anos de pesquisa e escrita de roteiro e depois tem um tempo menor para as filmagens e para a finalização, e comigo foi o oposto. Quando resolvemos fazer o filme, eu já pensei em um tipo de produção na qual o roteiro fosse se construir mais na montagem. Já sabia que seria o retrato de um dia na cidade de Maputo, do amanhecer até a madrugada, e o título chega também como uma proposta para o filme. Maputo Nakuzandza significa ‘Maputo, eu te amo’, que é uma referência a todos esses filmes de cidade, como Paris, te amo ou Rio, eu te amo.”

“(...) Na maioria desses filmes, você tem uma historinha para cada personagem que vai sendo desenvolvida, e no caso de Maputo eu escolhi pegar fragmentos e não aprofundar essas narrativas. Acho que essa escolha foi muito mais pela questão de eu ser honesta com o meu lugar de estrangeira ali dirigindo esse filme. Claro que eu estava sempre dialogando com os atores, com a Maria Clotilde (roteirista e produtora), mas existia um desejo de colocar honestamente o contato que eu tenho com aquele espaço, que se dá mais através de uma curiosidade, de um encantamento, de uma empatia por esses personagens. Então Maputo Nakuzandza acaba tendo mais uma visão de passeio pela cidade, de encontro com esses personagens, do que exatamente de acompanhar uma história fechada sobre determinadas pessoas. A fotografia do filme também assume isso: conversei muito com o David Gross (fotógrafo) sobre ser uma fotografia que passeia, anda pelas avenidas, depois para, olha para a cidade…”

Cena de Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo

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