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Memória sufocada

Direção

Gabriel Di Giacomo

Informações

Brasil
2021. 75min. 12 anos

Formato de exibição

DCP

Coronel Ustra (1932-2015) foi o único militar condenado como torturador durante a ditadura. Hoje, ele é exaltado como herói por setores ligados à extrema direita, inclusive pelo ex-presidente Bolsonaro. A partir de um dispositivo que simula as buscas na internet e mecanismos do ambiente virtual, o documentário de Gabriel Di Giacomo acessa materiais que vão dos depoimentos à Comissão Nacional da Verdade a páginas do Google Maps para investigar a história desse personagem e a história do Brasil pós-golpe civil militar de 1964.

Realizado durante a pandemia, o filme conta apenas com materiais disponíveis na internet: “É interessante, pois todo o material está disponível, mas eu nunca tinha assistido a boa parte dos vídeos, que tem poucas visualizações”, comenta o diretor. “Hoje, a informação e a desinformação estão ao alcance de todos. Muitos fatos são construídos nas redes sociais, e a realidade é cada vez menos nítida. Esse é o ponto central do filme, qual é a ‘verdade’ histórica e como os fatos podem ganhar novas narrativas com o passar dos anos. Na década de 1960, setores da elite brasileira, com o apoio da mídia, plantaram diversas fake news sobre a situação do país para conseguir levar os militares ao poder, era urgente evitar ‘o avanço comunista no Brasil’, ‘proteger a pátria e a família’ e ‘acabar com a bagunça’.”

“Por acompanhar a recente crise democrática em tempo real, senti a necessidade de fazer este filme como um exercício de reflexão sobre a nossa memória coletiva. As relações da sociedade com seu passado são dinâmicas, fluidas e contraditórias, e Memória sufocada traz uma análise do processo de construção da memória da ditadura brasileira que segue em disputa.”

Depoimentos do diretor extraídos do material de imprensa do filme.

Cena de Memória sufocada, de Gabriel Di Giacomo

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