Brendo quer ser presidente do Brasil. Enquanto esse dia não chega, ele estuda Direito, faz vídeos para as redes sociais, sonha com novas conquistas e se imagina em um reality show, durante a pandemia.
Filmado durante um período de exceção por um diretor que convive e tem uma relação pessoal com seu personagem, O dia da posse – até mais do que um “filme de pandemia” ou dos jogos de disputa entre ficcional e documental, diretor e personagem – se estabelece como um filme de relação e da possibilidade de se criar algo em conjunto, um mote que o cinema de Allan Ribeiro explora desde seus primeiros filmes, como o curta Ensaio de cinema (2009).
Em uma conversa conduzida por Camila Macedo para o Festival Olhar de Cinema, Allan conta: “Esse filme com o Brendo, eu já queria fazer independente da pandemia, porque eu achava ele um personagem mesmo. Eu achava que estava tendo acesso a um tipo de intimidade de alguém que, de vez em quando, como que brincasse de ser jornalista, brincasse de ser político e também, por mais que ele dividisse isso nas redes sociais, às vezes eu achava que na intimidade tinha uma coisa que seria muito legal de compartilhar, que num filme as pessoas teriam interesse de ver. (...) Como passamos quatro meses juntos na pandemia, nos olhamos e pensamos: talvez seja hora de fazer esse filme. E a ideia era junto com o Brendo, e isso a gente conseguiu até certo ponto, criar essas narrativas, essas cenas. ‘Como vai ser você tomando posse, ou dando uma notícia X?’”
“Essa zona entre a gravação e o cotidiano foi muito tênue, talvez esse seja o ponto mais desafiador”, diz Brendo Washington, que também assina o roteiro do longa. “Eu lembro que até no começo eu falava para ele: a gente está vivendo uma situação limite. (...) Então acho que o momento em si colaborou muito para que o resultado fosse o que foi. Imagina, você estar numa pandemia, eu no penúltimo ano da faculdade, esperando para tomar a posse num concurso público… A ideia de posse vem justamente disso. Aí vem uma lei federal e suspende o concurso. Vem uma crise econômica, vem a pandemia… E toda aquela ansiedade, aquela vontade de ouvir nos jornais um panorama diferente do que eu estava vendo, fez com que esse meu personagem jornalista aflorasse talvez com mais intensidade.”
Entrevista do diretor Allan Ribeiro ao canal Olhar de Cinema no YouTube (na íntegra) ►

Não há sessões previstas para esse filme no momento.
Vendas
Os ingressos do cinema podem ser adquiridos online ou na bilheteria do centro cultural, mais informações abaixo.
Meia-entrada
Com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública, estudantes, crianças de 3 a 12 anos, pessoas com deficiência, portadores de Identidade Jovem e maiores de 60 anos.
Cliente Itaú
Desconto de 50% para o titular ao comprar o ingresso com o cartão Itaú (crédito ou débito). Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala.
Devolução de ingressos
Em casos de cancelamento de sessões por problemas técnicos e por falta de energia elétrica, os ingressos serão devolvidos. A devolução de entradas adquiridas pelo ingresso.com será feita pelo site.
IMS Paulista
Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
Os ingressos para as sessões são vendidos na recepção do IMS Paulista e pelo site ingresso.com. A venda é mensal e os ingressos são liberados no primeiro dia de cada mês.
Não é permitido o consumo de bebidas e alimentos na sala de cinema.
