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Contraste

O funeral das rosas

Bara No Sōretsu

Direção

Toshio Matsumoto

Informações

Japão
1969. 105min. 14 anos

Formato de exibição

DCP

Toshio Matsumoto, cineasta e artista visual falecido em 2017, filma a noite LGBT+ de Tóquio do final dos anos 1960. Uma das principais obras da nouvelle vague japonesa, citado por Kubrick como uma referência ao filme Laranja mecânica, O funeral das rosas foi restaurado em 4k a partir de seu negativo original.

Nesse Japão do pós-Segunda Guerra Mundial, a permeabilidade das influências externas é evidente: o rock, a pop art, o personagem Guevara, o pôster dos Beatles na parede. A avalanche de informações invade também a forma do filme: os limites entre documentário e ficção inexistem, com Edie (a própria personagem principal) dando depoimento sobre sua participação ficcional, outras tantas cenas filmadas nas ruas de Shinjuku, onde as atrizes interagem com ativistas do movimento estudantil, além do uso gráfico dos balões dos quadrinhos, para ficar em apenas alguns exemplos.

“Cada homem tem a sua própria máscara, a qual esculpiu por muito tempo.” Ouvida por Edie em visita a uma exposição no início do filme, numa gravação que faz às vezes de voz off, como comentário onisciente, a frase aponta uma direção neste filme que é repleto de camadas justapostas (ou máscaras). Os corpos entrelaçados em transformação nessa sociedade turbulenta nos são oferecidos de maneira aproximada, abstrata em suas formas. Os rostos são recriados, às vezes até derretidos. Tal metamorfose do rosto e do corpo é uma recorrência em outros trabalhos de Matsumoto, como Mona Lisa (1973), em que a famosa pintura é sinuosamente distorcida por efeitos do recém-surgido vídeo analógico. Em Atman (1975), Matsumoto retoma a ideia da máscara e dos movimentos corporais: Atman é o nome de uma das primeiras divindades budistas, que é associada à destruição. Fotografadas quadro a quadro, a máscara, as coreografias e a trilha trazem referências do teatro . Opção formal igualmente presente em O funeral das rosas, a imagem e as máscaras são fundidas numa acelerada montagem em stop motion, em que distorção e abstração são elementos-chave da implosão ficcional.


Programação

Não há sessões previstas para esse filme no momento.


Ingressos

Os ingressos para as sessões de cinema do IMS são vendidos nas bilheterias dos centros culturais e no site ingresso.com.

As bilheterias vendem ingressos apenas para as sessões do dia. No site, as vendas são semanais: a cada quinta-feira são liberados ingressos para as sessões que acontecem até a quarta-feira seguinte.

IMS Paulista
R$8 (inteira) e R$4 (meia). 
Bilheteria: de terça a domingo, das 10h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.

IMS Rio
R$8 (inteira) e R$4 (meia). 
Bilheteria: de terça a domingo, das 11h até o início da última sessão de cinema do dia, na recepção.


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