Pobre Pete + trilha ao vivo com Música de Selvagem

Último filme mudo de Hitchcock, Pobre Pete (The Manxman, já distribuído no Brasil com os títulos O ilhéu e Entre a lei e o coração) é uma adaptação de um romance de Hall Caine. A história se passa em uma pequena comunidade de pescadores, onde dois amigos de infância, que tomam caminhos bem diferentes, apaixonam-se pela mesma mulher. Nas duas sessões no IMS Paulista, o longa terá trilha ao vivo do Música de Selvagem, grupo que transita entre a composição e a improvisação e que tem colaborado com diversas produções audiovisuais. Em diálogo com a narrativa do filme, a performance musical será baseada na improvisação coletiva, guiada por indicações de tempo e intensidade, e alternando diferentes formações instrumentais – solos, duos, trios e quarteto. Nesta sonorização, a banda conta com Guilherme Marques (percussão e direção musical), Inés Terra (voz), Julia Teles (teremim) e Marcelo Cabral (baixo acústico).

Formado em 2014 por Arthur Decloedt e Filipe Nader, o Música de Selvagem é um grupo dedicado à música improvisada em suas diferentes formas: improvisação livre; canção e improvisação; improvisação musical; e outras linguagens artísticas. Além de Arthur e Filipe, o grupo conta ainda com Guilherme Marques e com diversas colaborações, como Celio Barros, Marcelo Coelho, Amilcar Rodrigues, Cuca Ferreira, Inés Terra, Julia Teles e Marcelo Cabral, dependendo do projeto. Com três discos lançados ao longo de sua trajetória – Música de Selvagem (2016), Volume único (2018) e Pensamento selvagem (2021) – o grupo integra o cast de artistas dos selos Risco, no Brasil, e Shhpuma, na Europa. A banda já criou trilhas sonoras para filmes como Astracã, de Victoria Vic, exibido no 13º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, além de participar de duas edições do Cinematographo, do MIS, apresentando sonorizações ao vivo.

Ficha técnica

Guilherme Marques (percussão)
Baterista, percussionista e compositor. Concluiu doutorado em música pela Unicamp e possui mais de 30 trabalhos gravados e lançados no Brasil e no exterior. Atua com ênfase nos campos da música popular brasileira, jazz, música improvisada e trilhas sonoras em contextos multidisciplinares que incluem parcerias com artistas e grupos ligados a linguagens artísticas tais como teatro, dança e cinema. Em 2022, lançou junto com Amilcar Rodrigues e Juçara Marçal o álbum duplo Imiscível.

Inés Terra (voz)
Vocalista, improvisadora e produtora. Atua nas áreas de música, arte sonora e performance, através da exploração vocal como cruzamento nos processos de criação. Idealizou a série de performance vocal Língua Fora e lançou álbuns como Ruminar (Editora Leviatã), com Iago Mati, e Teia (RKZ Records), com Julia Teles.

Julia Teles (teremim)
Compositora, editora de som e thereminista. Seus trabalhos incluem composição, improvisação, trilha sonora para filmes e teatro e finalização de som (edição e mixagem) para audiovisual. Fez parte do coletivo NME, que entre 2011 e 2018 produziu diversos concertos e uma revista online (linda). Em 2020 lançou o álbum Teia, em parceria com Inés Terra.

Marcelo Cabral (baixo acústico)
Músico, produtor e diretor musical, arranjador, compositor e multi-instrumentista (contrabaixo acústico e elétrico, violão 7 cordas, guitarra e sintetizador). Acompanha, trabalha e cria ao lado dos artistas Rodrigo Campos, Romulo Fróes, Kiko Dinucci, Thiago França, Criolo, Juçara Marçal, Maria Beraldo, Mariá Portugal, Daniel Ganjaman, Elza Soares, além dos internacionais Tony Allen e Mulatu Astatke.

Direção musical: Guilherme Marques
Som: Lilla Stipp
Luz: Grissel Piguillem Manganelli