Kena e Ziki há muito tempo ouvem que “boas meninas quenianas se tornam boas esposas quenianas”. Apesar da rivalidade política entre suas famílias, a relação que surge entre as duas se torna uma fonte de coragem para ambas dentro de uma sociedade conservadora.
Inspirado no conto “Jambula Tree”, da premiada escritora ugandense Monica Arac de Nyeko, Rafikisignifica “amigo” em suaíli – uma das línguas oficiais da Uganda e também do Quênia, onde o filme foi produzido. Em abril de 2018, Rafiki foi selecionado para a mostra Um Certo Olhar, e se tornou o primeiro filme do país selecionado para uma sessão competitiva no Festival de Cannes. Na mesma época, o conselho de classificação do Quênia solicitou que o longa tivesse seu final alterado. A produção recusou o pedido do governo, e a obra foi censurada no país por “promover o lesbianismo no Quênia ao contrário da lei e dos valores dominantes dos quenianos”.
Apesar da censura e da forte repressão que sofreu na realização de Rafiki, a diretora Wanuri Kahui propõe uma reflexão sobre as representações dentro do cinema de seu continente: “Eu sempre quis contar uma história moderna de amor africano. Em nossa juventude, raramente assistíamos a filmes sobre jovens amantes africanos. Vimos europeus e americanos se apaixonarem, mas nunca nós. Foi apenas no final da adolescência que vi um jovem casal africano se beijando na tela, e ainda me lembro da emoção, da surpresa e de como esse filme perturbou minha concepção de romance. Antes disso, esses sentimentos eram reservados aos estrangeiros.”
Kahui desenvolveu neste filme uma proposta para o cinema africano que ela denomina como Afrobubblegun (Bola de chiclete afro), que busca representar uma imagem de África diferente a partir de algumas regras: o filme deve apresentar dois ou mais personagens africanos saudáveis, financeiramente estáveis (que não precisem de salvação) e que possam se divertir e curtir a vida.
Leia a entrevista completa com a diretora no site do Festival de Cannes e assista a sua palestra sobre o Afrobubblegun
Não há sessões previstas para esse filme no momento.
Os ingressos para as sessões de cinema do IMS são vendidos nas bilheterias dos centros culturais e no site ingresso.com.
As bilheterias vendem ingressos apenas para as sessões do dia. No site, as vendas são semanais: a cada quinta-feira são liberados ingressos para as sessões que acontecem até a quarta-feira seguinte.
IMS Paulista
Terça a quinta: R$20 (inteira) e R$10 (meia). Sexta a domingo e feriados: R$26 (inteira) e R$13 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 10h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
IMS Rio
Terça a quinta: R$ 22 (inteira) e R$ 11 (meia); Sexta a domingo e feriados: R$ 26 (inteira) e R$ 13 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 11h até o início da última sessão de cinema do dia, na recepção.
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