Dora atravessa uma paisagem devastada pela mineração, em busca de uma terra perdida sonhada por ela e por sua mãe. Guiada por um misterioso cachorro, ela encontra refúgio em uma vila de trabalhadores de uma fábrica abandonada, que vivem em coletividade e lembram o lar que ela tanto procura.
Clarissa Campolina e Sérgio Borges são dois dos fundadores do coletivo audiovisual mineiro Teia, que surgiu no início dos anos 2000. Em Suçuarana, eles se inspiram livremente no livro A fera na selva, de Henry James. “Durante o desenvolvimento e produção, optamos por transpor a história e o estilo do texto original, preservando a sensação de mistério – a busca por algo que nunca se revela – provocada pelo romance, sem perder de vista os rastros do nosso tempo, espaço e contexto social. O estilo realista e psicológico de Henry James é complementado por uma estética não naturalista, envolta em uma atmosfera imaginativa e elementos de realismo fantástico”, comentam os diretores no material de imprensa do filme.
O filme é dividido em duas partes, a primeira delas filmada com equipamento digital, e a outra, em película 16 mm. Nas palavras dos cineastas, “essa estrutura binária (antes e depois do túnel) delineia uma mudança na narrativa, no temperamento de Dora, nas relações entre personagens, na paisagem e na temporalidade dramática. No entanto, a dicotomia sugerida nas duas partes não é estática, já que escolhas estilísticas prevalentes em uma parte também estão presentes na outra, criando uma unidade estética e dramática para o filme”.
Em entrevista ao Correio Braziliense, Campolina declara: “Suçuarana surge a partir da relação entre a história de Dora e a paisagem em que ela habita. O espaço para nós era muito importante para a construção do filme, não apenas por sua visualidade, mas também por sua história, pelos rastros, pelos indícios de outros tempos que estão ali incrustados nas paisagens. Inclusive, a história colonial mineira, sua tradição extrativista e escravagista, nos guiou na elaboração do filme e na construção dos personagens. Para fortalecer esse sentido e integrar história e paisagem, nós filmamos na região de Ouro Preto e nos arredores de Belo Horizonte, com atores profissionais e não profissionais”.
Entrevista da diretora Clarissa Campolina ao portal Correio Braziliense (na íntegra) ►
Contém recursos de acessibilidade: em Libras, legendas descritivas e audiodescrição. Para retirar o equipamento com recursos, consulte a bilheteria do IMS Paulista. Em caso de dúvidas, entrar em contato pelo telefone (11) 2842-9120 ou pelo e-mail [email protected]

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Vendas
Os ingressos do cinema podem ser adquiridos online ou na bilheteria do centro cultural, mais informações abaixo.
Meia-entrada
Com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública, estudantes, crianças de 3 a 12 anos, pessoas com deficiência, portadores de Identidade Jovem e maiores de 60 anos.
Cliente Itaú
Desconto de 50% para o titular ao comprar o ingresso com o cartão Itaú (crédito ou débito). Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala.
Devolução de ingressos
Em casos de cancelamento de sessões por problemas técnicos e por falta de energia elétrica, os ingressos serão devolvidos. A devolução de entradas adquiridas pelo ingresso.com será feita pelo site.
IMS Paulista
Ingressos: terça, quarta e quinta: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Bilheteria: de terça a domingo, das 12h até o início da última sessão de cinema do dia, na Praça, no 5º andar.
Os ingressos para as sessões são vendidos na recepção do IMS Paulista e pelo site ingresso.com. A venda é mensal e os ingressos são liberados no primeiro dia de cada mês.
Não é permitido o consumo de bebidas e alimentos na sala de cinema.
