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Contraste

Todos os outros, segundo longa de Maren Ade, que foi duplamente premiado no Festival de Berlim em 2009 (melhor filme e melhor atriz), investiga a relação de um casal em férias no Mediterrâneo, que aos poucos é testada a partir do encontro com um outro casal.

Nas palavras de Mark Peranson (editor da revista Cinema Scope e programador do Festival de Locarno), Todos os outros se filia a outros filmes, o mais óbvio deles sendo Viagem à Itália (Viaggio in Italia, 1954), de Roberto Rosselini, mas também Cenas de um casamento (Scener ur ett äktenskapngmar, 1973), de Ingmar Bergman, e A mamãe e a puta (La maman et la putain, 1973), de Jean Eustache.

Ainda segundo Peranson, “Todos os outros é um filme onde as constantes mudanças de ponto de vista são sutis e nunca claramente indicadas. Quando você acha que entendeu o filme, ele ainda escapa, como grãos de areia pelos dedos. Eu assisti ao filme quatro vezes e cada uma me deixou ainda mais inseguro em relação ao que devo pensar a cada momento, ou sobre a relação de Chris e Gitti como um todo: isto cria uma experiência para o espectador distinta daquela sempre colocada por um tipo mais convencional de cinema (o drama romântico ou a história de amor), um filme por vezes psicológico, por vezes cinematográfico e/ou pueril, e todo o tempo realista e franco.”