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Ao Alécio tudo ou nada?

28 de abril de 2016

Criança nem sempre foi o foco principal das lentes de Alécio de Andrade (1938-2003), mas, tanto quanto as personalidades do mundo das artes e as cenas cotidianas de Paris, o universo lúdico da infância é uma das marcas registradas da obra do fotógrafo, parte dela (cerca de 360 imagens) preservada pelo IMS. O ir e vir da garotada foi, aliás, o tema que lhe abriu as portas da capital francesa, onde Alécio desembarcou em meados dos anos 1960 para viver praticamente o resto da vida, na época levando na bagagem sua primeira exposição individual, Itinerário da infância.

 

Alécio de Andrade. Museu do Louvre, Paris, 1969.

A mostra havia estreado no Rio carimbada logo nas primeiras semanas em cartaz por um artigo de Carlos Drummond de Andrade inteiramente a ela dedicado. Publicado na edição de 30 de setembro de 1964 nas páginas do jornal Correio da Manhã – e reeditado no site 1964, arte e cultura no ano do golpe – o texto traz uma advertência do poeta a quem seguisse seus passos na Petite Galerie: “Se você não sair de lá com uma big ternura pela vida, então meu caro, desista de considerar-se gente; o provável é que você seja apenas um objeto falante, e mesmo isso…”

Drummond viu em Alécio a arte de captar o momento em que meninos e meninas “se revelam sem medo, naturalmente, apenas curiosos pelo que o fotógrafo está fazendo”. É por isso que neste 29 de abril, data de nascimento de Alécio de Andrade, recortamos de sua obra uma pequena mostra deste olhar particular sobre o fascinante mundo das crianças. Hoje a festa é delas!

 

Grand Palais, 1975

 

Boulevard Saint Germain, 1975

 

Escola de Belas Artes, Paris, 1975

 

RJ, 1964

 

RJ, 1963

 

RJ, 1963

 

RJ, 1963

 

RJ, 1964

 

Rio de Janeiro, 1964

 

RJ,  Rua Visconde de Albuquerque, Leblon, 1964

 

Paris, 1965

 

Paris, 1976

 

Paris, 1975

 

Buenos Aires, 1973

 

Paris, 1974

 

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