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Contraste

O livro Sambistas e chorões, publicação de 1962 e relançado pelo Instituto Moreira Salles, uniu a minúcia do pesquisador Lúcio Rangel (1914-1979), no mapeamento e análise do que considerava as raízes da música popular brasileira. Por isso, o espectro do livro é amplo: vai da literatura de cordel a Pixinguinha, seu ídolo maior, passando pelo papel decisivo de Mário de Andrade, a história dos primeiros registros fonográficos no Brasil e a devoção igualmente apaixonada a Noel Rosa, já consagrado, e à então novata Inezita Barroso. A nova edição atualiza a discografia elaborada por Lúcio, indicando o acesso digital a todo o acervo por ele organizado, e incorpora a Bibliografia da Música Brasileira, compilada por ele na década de 1970 e agora editada pela primeira vez em livro. A nova edição traz ainda iconografia garimpada em arquivos das áreas de música e fotografia do IMS, inclusive no Acervo Lúcio Rangel, recém-incorporado aos arquivos do Instituto Moreira Salles.