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Contraste

A décima edição da revista quadrimestral de ensaios do Instituto Moreira Salles, publicada em março de 2012, traz a publicação de uma breve antologia da letra D (de dez). Nela, Armando Freitas Filho explica a dor, Francisco Alvim desbrava a palavra derradeiro, o filósofo Giorgio Agamben pensa na democracia e o filólogo Luciano Canfora analisa a demagogia através da história.

Complementam a edição especial do “Alfabeto serrote” a demolição explicada pelo Coletivo de Mídia Raqs; uma seleção de dedicatórias; as definições de Deus e Diabo; o Dry Martini de Luis Buñuel; e o deixa-disso do editor da revista, Paulo Roberto Pires. A publicação também traz o arquiteto e historiador argentino Adrián Gorelik, que descreve como a construção de Brasília gerou uma expectativa frustrada logo no momento de sua realização. O texto é acompanhado por ilustrações criadas a partir dos padrões de mosaicos feitos por Athos Bulcão (1918-2008), uma das mais fortes identidades visuais da Capital Federal. Há ainda um ensaio visual criado especialmente para a revista pelo artista carioca Waltercio Caldas.

Ainda na edição, uma lista de privilégios escrita em forma de tratado por Stendhal (1783-1842), dois anos antes de morrer. Entre os preceitos para uma vida abençoada estão mudar de corpo, ler pensamentos e morrer sem dor.

Mais: Lee Siegel, Pier Paolo Pasolini, Ezra Pound, Tales Ab’Saber, Raul Mourão, Miranda July, David Markson, Jean Starobinski, W.G. Sebald, Laura Erber e Peter Campbell.