Dora Longo Bahia (São Paulo, 1961) é artista multimídia, com uma obra iniciada nos anos 1980 que trata de temas como violência, sexo, morte e crítica institucional. Nos últimos anos, sua produção se aproximou mais de uma crítica social e política, integrando projetos de criação coletiva que se apropriam de imagens como forma de militância. Também passou a atuar no cinema com o longa-metragem O Caso Dória (2016), filme-ensaio sobre uma interpretação da histeria, o papel da arte e o lugar do artista. Em Brasil x Argentina (2016), a artista filmou e fotografou os efeitos do aquecimento global nas regiões da Amazônia e Patagônia, evocando um jogo da Copa do Mundo de 1978 para associar a violência e o desastre das políticas ambientais nos dois países ao contexto das ditaduras militares.

É professora na ECA/USP, onde também fez um doutorado em poéticas visuais. Possui pós-doutorado em Filosofia pela FFLCH/USP. Expõe regularmente no Brasil e no exterior, tendo participado de importantes exposições como 28ª Bienal Internacional de São Paulo (2008); Panorama da Arte Brasileira – Museu de Arte Moderna (2005) e VI Bienal de Havana (1997). Tem obras em coleções como Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo [MAM SP], Masp e Cisneros Fontanals Art Foundation (CIFO).