“Fazer a América”. O que significava isso para um imigrante das últimas levas de italianos que aportaram no Brasil, no final dos anos 1920, com destino a uma São Paulo já cosmopolita e precocemente metropolitana? Poderia significar tudo, largueza de vida, principalmente, mas também uma áspera, difícil adaptação à terra estranha. Não que os primeiros a vir tivessem encontrado situação muito melhor. Mas o viajante de que tratamos, nascido em 27 de dezembro de 1905 em Villa Collemandina, na Garfagnana, província de Luca, chegou ao porto de Santos em 5 de julho de 1929, vindo de Gênova, menos de 4 meses antes da “quinta-feira negra” (24 de outubro), dia do crash da Bolsa de Nova York, que faria disparar a maior recessão mundial do século XX e interromper o crescimento da economia paulista, fortemente ancorada na exportação de café.
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