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Vania Toledo

Vania Toledo (Paracatu, Minas Gerais, Brasil, 1945 - São Paulo, Brasil, 2020) foi uma fotógrafa intrinsecamente ligada à cena cultural do eixo Rio-São Paulo, nas décadas de 1970 a 1990. Sua prática centra-se na fotografia de teatro, festas noturnas – uma de suas principais séries é a que documenta o lendário e exclusivo Studio 54, em Nova York – e retratos, nos quais registrou a efervescência das figuras e produções desse momento histórico. Na sua trajetória destacam-se ainda o livro Homens, que provocou escândalo no início dos anos 1980 com sua reunião de nus masculinos feitos pioneiramente por uma mulher, e a exposição Diário de Bolsa – instantâneos do olhar (Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2008), com 120 imagens inéditas produzidas entre as décadas de 1970 e 90, sobre personagens da noite paulistana e carioca.

Formada em ciências sociais pela Universidade de São Paulo, começou sua produção com um estudo fotográfico das pessoas que saíam para dançar nas festas da cidade. Munida de uma câmera Yashica automática, compôs uma crônica dos modos de ser de sua geração neste espaço de liberdade e desprendimento. Em seus registros de peças teatrais, documentou diversas montagens, como Macunaíma (1978) e Senhorita Júlia (1991). Sua produção também era voltada para retratos em estúdio, nos quais fotografou figuras da música e das artes cênicas, entre elas Cazuza, Ney Matogrosso, Rita Lee, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ruth Escobar, Zezé Motta e Fernanda Montenegro. Sua proximidade com o meio musical, desdobrou-se na elaboração de diversas capas de discos, entre eles Televisão dos Titãs (1985) e Bossa’n Roll de Rita Lee (1991).

Vania Toledo colaborou com jornais e revistas, como Folha de S. Paulo, Interview, Vogue e Life. Publicou os livros Homens (1980) e Personagens Femininos (1992), premiado pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (1993). Recebeu o XI Prêmio Abril de Jornalismo (1986), a medalha da Ordem do Mérito Cultural do governo federal (2007), entre outras premiações. Realizou exposições individuais e coletivas, entre elas Tarja preta, no Museu da Diversidade Sexual (São Paulo, SP, 2018), e O terceiro olhar, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo, SP, 2001).

O acervo de Vania Toledo foi adquirido pelo IMS em 2022. É composto por cerca de 300 mil imagens, sobretudo retratos em preto e branco, além de slides, polaroides, livros, cadernos e documentos. Este material está em fase de processamento.

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