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Contraste

AUDIOdescrição

Walter Firmo

no verbo do silêncio a síntese do grito

09 Maestro Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho)

Parada 9 - Obra 8: Maestro Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho)

Audiodescrição: Você está de frente para a reprodução tátil de resina acrílica branca, em relevo, da fotografia colorida, retangular na horizontal, intitulada Maestro Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho), de 1967. Confira a legenda da foto de Walter Firmo, com letras ampliadas e braille, localizada à direita da reprodução. A fotografia colorida, com moldura fina, pende do teto, pendurada com cabos de aço. Mede 153 cm de comprimento por 103 cm de altura.

A fotografia retrata o músico e compositor brasileiro, sentado em uma cadeira de balanço, com um animal de estimação de pequeno porte, com pelos branco e preto. Ele está de perfil, virado para a esquerda, segurando um saxofone, no quintal de sua casa. A iluminação é de um dia nublado, com a luz incindindo sobre o rosto do maestro Pixinguinha e produzindo sombras sutis da folhagem da árvore no chão.

Localize o personagem à esquerda. Passe delicadamente os dedos sobre seu rosto, na cabeça inclinada para trás, apoiada no encosto da cadeira de balanço. Ele olha para cima, com um leve sorriso nos lábios. Pixinguinha é um homem negro, alto, de rosto redondo, cabelos castanhos bem curtos, olhos castanhos pequenos, nariz largo e boca grande.

Desça os dedos sobre o corpo dele e perceba sua posição, a forma como segura o saxofone. Com as pernas cruzadas, o braço direito sobre o braço da cadeira, ele segura com a outra mão o saxofone dourado, que repousa sobre seu peito e colo. Pixinguinha usa paletó azul-claro sobre camisa e calça brancas, sapato e meias escuras.

Vamos explorar agora o contorno torneado e arredondado da cadeira de balanço? Achou os aros que se encontram na parte de baixo? Agora que você já conheceu o retratado, vamos para o cenário?

O quintal, com piso cimentado, tem muros brancos com manchas escuras de umidade, uma mangueira em um pequeno canteiro redondo, no canto direito, com algumas folhas secas espalhadas pelo chão. Conseguiu localizar o tronco áspero e rugoso da mangueira? Detenha-se agora nas muitas folhas de uma roseira, com rosas cor de pêssego, que cresce aos pés da árvore.

Encontre, ao fundo, subindo um pouco os dedos, um vaso com folhagens, atrás da cadeira de balanço. Como foi explorar tatilmente mais uma fotografia de Walter Firmo que nos apresenta esse ícone da música brasileira?

Ouça agora o depoimento de Walter Firmo sobre esta obra.

A próxima obra com audiodescrição, Pais de Walter Firmo, faz parte do núcleo que apresenta a biografia do fotógrafo, o início de sua carreira, com uma cronologia de obras, abordando também seus primeiros anos de atuação na imprensa, com cerca de 37 obras, 4 vitrines com revistas e a primeira câmera fotográfica, 2 lambes e 1 vídeo. Mais duas fotos com audiodescrição estão também neste núcleo: Indígenas na fronteira do Brasil com a Colômbia, Jânio Quadros, candidato à presidência eleito em 1960.

Peça ajuda a um orientador de público ou um educador para deslocar-se até lá. O QR code encontra-se na parede, à direita da obra.

Eu conheci o Pixinguinha em 62, assim, de carne e osso, né? Embora já ouvisse ele quando menino. Eu estava no Jornal do Brasil e, naquele tempo, os jornais não tinham a cor, né? Era tudo em preto e branco Então eu fotografei em preto e branco em 62. E cinco anos mais tarde, em 67, na Manchete, essa foto, em cor, e que consagra a minha vida, né? O cenário foi montado, estava... dando entrevista pro repórter que foi comigo, e, quando terminou a entrevista, uma hora depois, eu tive uma sensação, assim, de diretor de cinema. Eu peguei aquela cadeira dele, que estava na sala, levei para o quintal cimentado, onde tinha uma mangueira, e ali construí umas cenas. As folhas das mangueiras no chão, uma roseira que estava lá postada no tronco da árvore, da pequena árvore, e pedi que ele sentasse com o seu saxofone. Aliás, eu antes sentei e disse assim: "Seu Pixinguinha, divide-se a linha do horizonte com..." “Seu Pixinguinha, não! Pixinguinha! Deixa que eu faço! Sai daí, que eu vou sentar aí e vou fazer." E foi feita a foto que todos conhecem como a do Walter Firmo.