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AUDIOdescrição

XINGU: CONTATOS

parada 15
Aeronaves e facões

Em 1983, para reivindicar melhor atendimento da Funai, os Kawaiweté interceptaram um avião no Posto Diauarum, localizado no Baixo Xingu. Símbolo das expedições que chegaram ao Xingu quatro décadas antes, a aeronave foi tomada pelos indígenas para transmitir um recado: “Respeitem as terras dos índios!”. 

Em 1984, os Kayapó interditaram uma estrada que a ditadura havia aberto em seu território e bloquearam a balsa que cruzava o rio. Assim exigiram a demarcação da Terra Indígena Capoto/Jarina, onde vivem até hoje. Ao selar o acordo, em Brasília, Raoni deu um puxão de orelha em Mario Andreazza, ministro do Interior do general João Figueiredo.

Em 1989, no I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em Altamira (PA), Tuíra Kayapó usou um facão para se manifestar contra o projeto de uma hidrelétrica no rio Xingu. Construída três décadas depois, a usina de Belo Monte devastou a região e continua a ser alvo de protestos.