Carolina Maria de Jesus
Apresentação
Nascida na cidade mineira de Sacramento, Carolina tornou-se conhecida a partir de 1960. Com a mediação do jornalista Audálio Dantas, publicou, pela editora Francisco Alves, seu Quarto de despejo: diário de uma favelada, no qual contava o cotidiano da favela do Canindé, em São Paulo. Na ocasião, sustentava a família como catadora de lixo e escrevia no tempo exíguo que lhe sobrava. Com a repercussão da estreia, o título foi traduzido para mais de quinze idiomas. O sucesso de vendas representou sua saída da favela do Canindé e a hostilidade dos moradores daquela comunidade, que se sentiram expostos na obra então recém-lançada.
No ano seguinte, a RCA lançaria ainda um disco com canções em que Carolina assina letra e música. A partir do segundo livro, Casa de alvenaria, que trazia o subtítulo “diário de uma ex-favelada”, Carolina voltou, contudo, ao ostracismo. É autora ainda de Provérbios e Pedaços da fome, de 1963. Sua última obra, Diário de Bitita: um Brasil para brasileiros, seria publicada primeiro na França pela Éditions Métailié, com o título de Journal de Bitita, e no Brasil em 1986. Carolina Maria de Jesus morreu em 13 de fevereiro de 1977.
No IMS
O Acervo Carolina Maria de Jesus chegou ao Instituto Moreira Salles em 2006. É formado apenas de arquivo com produção intelectual contendo dois cadernos manuscritos: um deles intitulado Um Brasil para os brasileiros: contos e poemas, e outra coletânea do mesmo gênero, sem título.
Programação
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