Claudia Andujar

Os líderes indígenas Dario Kopenawa Yanomami e Ailton Krenak, o rapper Emicida, as fotógrafas Maureen Bisilliat e Susan Meiselas e a curadora Sarah Meister, dentre outros, parabenizam a fotógrafa Claudia Andujar por seu aniversário e relembram episódios de sua carreira nesta homenagem, em vídeo de Maria Clara Villas em parceria com a equipe da ZUM.

As imagens de Claudia Andujar, escreve Pedro de Niemeyer Cesarino, colocam o desafio de pensar e registrar o que constitui o visível para sociedades radicalmente distintas da nossa. (Convidado enfeitado para festa com penugem de gavião, fotografado em múltipla exposição, Catrimani, 1974)

A principal festa dos Yanomami, Reahu he a, está presente na exposição Claudia Andujar: A luta Yanomami e tem seus cantos registrados num CD produzido por Davi Kopenawa e Marcos Wesley de Oliveira. Neste programa, Wesley apresenta nove faixas e explica o ritual.

“Não existe ‘até logo’ entre os índios”: em depoimento de 1975 reproduzido no catálogo da exposição Claudia Andujar: A luta Yanomami, a fotógrafa (no destaque em autorretrato de 1974) comenta sua relação com os Yanomami e a floresta.

Falar de questão indígena no Brasil não é coisa descomplicada, dada a diversidade dos processos de contato desde o início da colonização europeia. O crítico de arte Moacir dos Anjos mostra exemplos de arte índia no país, incluindo as fotografias da série Marcados, de Claudia Andujar.

Em 1978, Claudia Andujar e George Love colocaram pontas de filme em um livro sobre a Amazônia. O ato ainda parece tão transgressor quanto naquele tempo, diz Ângelo Manjabosco. Como eles chegaram a esse resultado? E o que significa, afinal, inserir pontas de filme numa narrativa fotográfica?

A atuação de Claudia Andujar na vanguardista revista Realidade, para a qual trabalhou entre 1966 e 1971, é tema de minidocumentário de Jorge Bodanzky. Depoimentos de Maureen Bisilliat, Cristiano Mascaro e outros profissionais iluminam a trajetória da fotógrafa e a originalidade da publicação.

Claudia Andujar elegeu a Amazônia profunda como desafio maior de uma vida desde sempre venturosa, no epicentro de fatos que conferiram ao mundo sua face atual, da resistência ao nazifascismo até os movimentos de reconhecimento de minorias ao longo dos calorosos anos 1960 e 1970.

Um diálogo sobre o tema da migração entre a fotografia de Claudia Andujar no “trem baiano” – que transportava migrantes de São Paulo de volta a suas cidades de origem – e a novela “Los adioses”, de Juan Carlos Onetti.

Veja imagens da publicação relacionada à exposição e leia um trecho da entrevista inédita que a fotógrafa concedeu ao curador Thyago Nogueira. A edição é bilíngue português-inglês.

Por volta de 1971, Claudia Andujar registrou, diante de um fundo infinito, a modelo baiana Sônia, que tentava a sorte em São Paulo. O ensaio consumiu dez rolos de filme, mas a fotógrafa não gostou do material e decidiu refotografar as imagens, sobrepondo-as e usando filtros.

Em vídeo, a fotógrafa comenta os trabalhos que estiveram em sua primeira exposição no IMS, nascidos acima de tudo de sua necessidade de entender e se comunicar com o povo brasileiro. “A grande maioria das minhas fotos são histórias”, afirma.

Uma seleção das fotografias da exposição que é dividida em quatro grandes núcleos e apresenta as diferentes perspectivas com que Claudia explorou a fotografia no Brasil, após sua chegada da Hungria em 1955: a relação com a natureza, a imersão antropológica, as experimentações gráficas e o trabalho no fotojornalismo.

Imagens da montagem e preparação da exposição que é fruto de dois anos de pesquisa no arquivo da fotógrafa. É a primeira grande exposição dedicada à produção que antecede o envolvimento de Claudia com os índios Yanomami, trabalho que começou nos anos 1970 e que a tornou conhecida mundialmente.

O vídeo mostra parte do processo de produção das imagens que integraram a exposição de Claudia Andujar no IMS. A mostra lançou nova luz sobre a trajetória da fotógrafa ao apresentar trabalhos pouco conhecidos da primeira parte de sua carreira, anterior ao envolvimento com os índios Yanomami.

Com fotos inéditas e pouco vistas, a exposição lança nova luz sobre a trajetória da fotógrafa ao apresentar trabalhos da primeira parte de sua carreira, anterior ao envolvimento com os índios Yanomami.