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Fotoclubismo em Poços de Caldas

Vestígios de uma história


Texto institucional

Áudio com a leitura do texto

 

O Instituto Moreira Salles reabre seu centro cultural em Poços de Caldas, depois de realizar em seus espaços obras que melhoraram as condições de acolhimento de visitantes e também ampliaram as possibilidades de suas programações. O chalé Cristiano Osório, construído em 1894, foi restaurado; e, no edifício do centro cultural, projetado pelo arquiteto Aurelio Martinez Flores no início da década de 1990, as salas de exposição ganharam novo sistema de iluminação e recursos expográficos. O auditório foi totalmente renovado, com a instalação de mobiliário e equipamentos de projeção e som apropriados, que o qualificam como uma sala de cinema de referência. As questões de sustentabilidade e acessibilidade tiveram uma atenção especial, com a instalação de um elevador e de um sistema de placas de energia solar.

A reabertura representa um reinício de atividades, mas também um novo começo, em que as programações expositiva e musical, assim como as atividades educativas e a realização de cursos e seminários, são reforçadas com uma programação de cinema que, graças às obras de aperfeiçoamento do auditório e à utilização de novos recursos técnicos de projeção cinematográfica, poderá apresentar mostras e sessões que até então aconteciam apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo, cidades em que o IMS também tem centros culturais.

O programa de exposições, cinema e eventos musicais que reabre o IMS Poços revela as linhas de trabalho que pretendemos aprofundar, combinando programações que trarão à cidade iniciativas apresentadas nas outras sedes do IMS com exposições e programas que resultam de uma interlocução com Poços de Caldas, com os seus habitantes e agentes culturais, a partir de pesquisas sobre suas memórias, para construir interpretações e reflexões sobre o Brasil contemporâneo.

A exposição Fotoclubismo em Poços de Caldas – Vestígios de uma história dá continuidade ao trabalho realizado a partir dos arquivos de Limercy Forlin – fotógrafo que registrou gerações sucessivas de poços-caldenses –, preservados nos acervos do IMS. A mostra exemplifica um movimento que foi extremamente relevante no Brasil e no mundo, construindo redes e circuitos de produção e divulgação da imagem fotográfica.

As metamorfoses, de Madalena Schwartz, chega a Poços de Caldas depois de ter sido apresentada em São Paulo, Buenos Aires e La Paz, trazendo uma seleção das imagens extraordinárias com as quais a fotógrafa, cujo arquivo se encontra igualmente preservado no IMS, documentou os universos travestis e transformistas na São Paulo dos anos 1970, traduzindo a profunda revolução de identidades e culturas que prossegue reverberando em nossos dias. 

Destacamos também a inauguração da nova programação de cinema, com a participação de dois cineastas mineiros, André Novais e Glenda Nicácio – esta, originária de Poços de Caldas. São duas importantes produções que revelam a vitalidade do novo cinema brasileiro e ilustram o perfil da política de programação que norteará a nova sala de cinema do IMS.

Esse conjunto de atividades e ações só foi possível graças ao empenho e à competência das equipes do IMS em muitas áreas. Aqui registramos nosso especial reconhecimento a elas, em especial à dedicada equipe do IMS de Poços de Caldas. Agradecemos também a atuação dos inúmeros profissionais que contribuíram para o processo de revitalização dos espaços e para a realização da programação que agora apresentamos.

Damos as boas-vindas a todas, todos e todes que nos darão o privilégio de suas presenças, aguardando suas visitas regulares para acompanhar os programas com os quais esperamos contribuir para a dinamização da vida cultural da cidade.

Diretoria

Instituto Moreira Salles