Caso do vestido
Nossa mãe, o que é aquele vestido, naquele prego?
Minhas filhas, é o vestido de uma dona que passou.
Caso do vestido / Dress case
Rafael Saar | Brasil | 2024, 9'
Arquivo digital 4K | Classificação indicativa: Livre
Direção, roteiro e montagem | Rafael Saar
Poema | Carlos Drummond de Andrade
Curadoria Instituto Moreira Salles | Bruno Cosentino e Eucanaã Ferraz
Produção | Maria Moretto
Direção de fotografia | Tiago Rios
1˚ Assistente de câmera | Sasha Lazarev
2˚ Assistente de câmera | Bruno Nogueira
Som direto | Thiago Sobral
Microfonista | Matheus Tiengo
Direção de arte | Uirá Clemente
Assistente de arte | Julio Cesar Venceslau
Caracterização | Dalmir Melo
Assistente de caracterização | Diego Brum
Mixagem | Thiago Sobral
Correção de cor | Tiago Rios
Alimentação | Tehuli Resende
Agradecimentos | Filipe di Castro, Kali C. e Laura Liuzzi
Elenco | Maria Ceiça, Ayo Faria e Ewä
O poema Caso do vestido obedece a uma estrutura dramatúrgica, composta por um longo diálogo entre mãe e filhas sobre o pai que se foi. No filme os versos são interpretados, tais como estão escritos, pelas atrizes Maria Ceiça, no papel da mãe, e Ayo Faria e Ewä, fazendo as filhas.
A cena gira em torno de um misterioso vestido pendurado na parede. Tem início com a pergunta das filhas: “Nossa mãe, o que é aquele/ vestido, naquele prego?/ Minhas filhas, é o vestido/ de uma dona que passou.”
A partir de então, em torno desse objeto de fetiche – troféu, fantasma, totem? – decorre a história, contada pela mãe, do pai que abandonou a família levado por uma “mulher do demo”, mas que ao fim depois de sumir no mundo retorna à casa, contudo, assombrada pelo vestido, regalado pela outra à esposa: “Recebei esse vestido”, a “última peça de luxo/ que guardei como lembrança”, “e me dai vosso perdão”.
O filme tem direção, roteiro e edição de Rafael Saar, fotografia de Tiago Rios, arte de Uirá Clemente, som de Thiago Sobral e concepção de Bruno Cosentino e Eucanaã Ferraz.
Ayo Faria
Atriz, produtora cultural, performer e educadora social. Criou Projetos como Casa de Ewá, Vozes Pretas na Ballroom e Do Outro lado Da Ponte, dando visibilidade e importância a pessoas pretas, trans e das Região Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Seus projetos e feitos já foram reconhecidos e homenageados audiovisualmente e politicamente em São Gonçalo, Niterói e Rio de Janeiro.

Ewä
Multiartirta, dançarina profissional e atriz. Performou em teatros no Rio de Janeiro, Manaus, São Paulo, Curitiba e Buenos Aires. Como atriz estreou no longa-metragem "Sem Vergonha" dirigido por Rafael Saar.

Maria Ceiça
Atriz, cantora e apresentadora. Ganhadora do Troféu Andorinha, prêmio especial do júri, do Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa em 2006 e homenageada especial no African Film Festival em Nova York em 2005. Como apresentadora, de 1997 a 2014, trabalhou na TV Escola, um canal de educação dirigido aos professores e alunos das escolas públicas do Brasil. Em 2007 exerceu a função de Superintendente da Igualdade Racial, na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. - Na TV Globo, 2023/2024, na novela Elas por Elas, com a personagem Marlene, interpretou também personagens tais como a Tuquinha Batista da novela “Felicidade” ou a Márcia de “Por Amor”, “Fera Ferida” e “Uga Uga”. Pela Rede Record, participou das novelas “Prova de amor”, “Mutantes”, “Caminhos do Coração” e “Os 10 Mandamentos”, além de peças de teatro e musicais. - Em 2022, na Globoplay, na série " Verônika", ainda inédita. - Em 2019 atuou no espetáculo musical “As Comadres”, dirigido por Ariane Mnouckine Em 2021 - turnê na França com “As Comadres”. Atuou ainda no espetáculo musical “Por dentro da música”, “Gimba, presidente dos valentes”, “Os negros”, “Boeing,Boeing”, “Negros em Desterro”, entre outros. - Atuou em vários filmes, entre quais importantes produções brasileiras e internacionais, como : “Filhas do Vento” de Joelzito Araújo,” Cruz e Sousa, o Poeta do Desterro” de Sylvio Back, “O Testamento do Sr. Napomuceno” (Cabo Verde,) de Francisco Manso, “Orfeu” de Cacá Diegues , assim como no filme “O Herói” de Zezé Gamboa (Angola), entre outros.
Diretor Rafael Saar
Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense, especialista em Gestão Cultural pela Universidade Cândido Mendes e graduado em Cinema e Vídeo pela UFF. Dirigiu curtas-metragens, entre eles "Depois de tudo", com Ney Matogrosso e Nildo Parente, vencedor de mais de 10 prêmios, como Melhor Ator para Nildo Parente no Festival de Brasília, e Melhor filme estrangeiro nas Jornadas Argentinas de Cine y Video Independiente. "Homem-ave" foi exibido em diversos festivais e integra a mostra itinerante “El roce de los cuerpos” organizada pelo Museu Reina Sofia. Foi assistente de direção e pesquisador do filme "Olho nu", de Joel Pizzini, sobre o cantor Ney Matogrosso, com o qual ganhou em 2012 no Festival de Brasília o prêmio Marco Antônio Guimarães, pelo seu trabalho de pesquisa. É comontador do curta-metragem "Mar de Fogo" (2015, dir. Joel Pizzini) que integrou a competição oficial do Festival de Berlim e de "Barretão" (2019, dir. Marcelo Santiago).
Seu primeiro longa-metragem "Yorimatã" estreou nos cinemas em 2016 e foi premiado em diversos festivais, destacando-se prêmios de Melhor Filme pelo júri e pelo voto popular no In-Edit 2015. “Peixe abissal” estreou na Mostra de Tiradentes e ganhou os prêmios de Melhor Documentário no Queer Lisboa 2023 e Melhor Direção no Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires 2023. “Sem vergonha” estreou na Mostra de Cinema de São Paulo em 2024.
Filmografia
2024 - Sem vergonha, 79 min., DCP
2023 - Peixe abissal, 110 min., DCP
2022 - Primavera em cada vida, 14 min.
2014 – Yorimatã, 116 min, DCP
2012 – Crisálida, 19 min, HD
2010 – Homem-ave, 7 min, HD
2008 – Depois de tudo, 12 min, HD
