Lorran Dias (RJ)
Cineasta, artista, curador e roteirista, graduado pela Escola de Comunicação Social da UFRJ. Dirigiu Perpétuo (IFFRotterdam 2019), entre outros trabalhos com a Anarca Filmes (2015), exibidos em festivais e instituições no Brasil e no exterior. Recebeu o prêmio Memórias da Resistência (Comissão de Direitos Humanos da Alerj, 2018).
TV CORAGEM é uma televisão web-specific interessada em arte e cultura em reelaboração. Disponível 24 horas, com atualizações semanais na programação, o projeto torna híbridos a prática artística e curatorial, conceitos da televisão e da internet, e se manifesta como um espaço expositivo virtual para filmes, vídeos e demais imagens digitais.
A curadoria se debruça sobre obras comissionadas, de circulação restrita e trabalhos já publicados de forma gratuita em plataformas de streaming.
Artifícios
Sete episódios em retrospectiva ou mostra individual, dedicados à poética, processo e pesquisa de artistas contemporâneas. Como dizer que a nossa história faz parte da história do mundo?
Fórum
Programa educativo de dois episódios quinzenais com videoaulas sobre tecnolocia e política pública no campo da Cultura.
Corpo-domicílio
Programa de performances feito em 6 episódios. Para cada um, uma artista se manifesta através do vídeo, onde o corpo está em situação de isolamento social.
Sessão coragem
Espaço não-físico para filmes de arte e cinema experimental independente. Vida em movimento.
Imagens para mundos depois do fim
Publicado em 1/7/20
Publicado em 14/7/20
SILÊNCIO INVISÍVEL À BEIRA DO BERRO
Meu coração,
Espero que essas palavras te encontrem bem. Hoje, quando tomei café de manhã, ouvi uns latidos de longe, abafados pela chegada de um carro de telemensagens. Estes tipos de automóveis sempre foram muito comuns na favela em que moro, mas nesses últimos anos de auto cárcere privado seu uso tem sido muito diverso.
No início da peste, a associação de moradores fazia uso para informar sobre o que era essa ameaça, os danos, os mais atingidos e as formas de prevenção. Até hoje, eles dirigem palavras de ordem para que desavisados, amantes e transgressores voltem para suas casas.
Gradualmente as pessoas diminuíram a intensidade dos encontros assim que perceberam que não era mais saudável para nenhuma das partes continuar daquele jeito. No entanto, não desistiram um do outro e acabaram por reinventar formas de fazer o afeto transpor-se às fronteiras físicas da distância.
Nesta manhã, o carro com uma caixa de som acoplada ao seu teto, parou na minha vizinha do lado – a Roberta, dona de um puxadinho de casas no número 18 aqui da travessa... Ler mais
Publicado em 1/7/20
Projeto realizado a convite da área de Educação e acompanhado por Ana Luiza Abreu, da equipe do IMS