Realizado em julho de 2022, no contexto da exposição Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito, e celebrando um ano de parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, o Encontro com Professores propôs uma conversa entre o fotógrafo, a Área de Educação do IMS e as professoras e professores da rede.
Partindo de uma visita à exposição, o grupo, dividido em três, teve a possibilidade de vivenciar recortes distintos sobre a mostra, sugeridos e mediados pela equipe de Educação. A partir de tais experiências e seus desdobramentos, foram levantadas questões e inquietações a serem levadas para o fotógrafo como disparadores para a conversa.
E foi assim que me tornei, realmente, acho que muito mais que um professor, uma pessoa que eles precisavam, de ter um conselheiro, de ter uma pessoa que não desse aquelas aulas como manda o figurino da faculdade, uma coisa mais através do pensamento, nada disso! A fotografia é um estar, a fotografia é uma maneira de ser, de grande sedução e que a gente tem que falar, a glorificação do olhar, é por aí que eu me fiz professor. Walter Firmo
Nascido no Rio de Janeiro em 1937, Firmo é criador de um conjunto de imagens plural e significativo para o cenário da fotografia brasileira. Com considerável atuação no fotojornalismo, trabalhou em jornais e revistas como Última Hora (1955), Jornal do Brasil (período no qual, em 1963, recebeu o Prêmio Esso de Reportagem), Realidade (1965) e Manchete (1966). São também famosos seus retratos de ícones da música brasileira, como Pixinguinha, Dona Ivone Lara e Clementina de Jesus, entre outros, e as representações da vida familiar e afetiva de afrodescendentes. Conhecido como “mestre da cor”, possui célebres fotografias de festas populares registradas por todo o Brasil, do Carnaval do Rio de Janeiro ao bumba-meu-boi no Maranhão.
