O IMS celebra Carolina Maria de Jesus em 14 de março, dia de seu aniversário, com uma conversa entre a professora Vera Eunice de Jesus, filha de Carolina, e os curadores da exposição Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros, o antropólogo Hélio Menezes e a historiadora Raquel Barreto.
O encontro também marca o lançamento do catálogo da exposição Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros, publicado pelo IMS e disponível para venda nas lojas dos centros culturais do IMS em Poços de Caldas, Rio de Janeiro e São Paulo e também virtualmente na Loja do IMS.
A exposição foi apresentada no centro cultural do Instituto Moreira Salles em São Paulo entre outubro de 2021 e abril de 2022 e em junho de 2023, será inaugurada no MAR – Museu de Arte do Rio, no Rio de Janeiro, depois de ter passado pelas unidades do SESC SP em Sorocaba e São José do Rio Preto.
Carolina Maria de Jesus, presente é uma celebração ao nascimento de Carolina Maria de Jesus (14 de março de 1914 - 13 de fevereiro de 1977) organizada pelo IMS.
Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Nascida na cidade mineira de Sacramento, Carolina tornou-se mundialmente conhecida a partir de 1960 com a publicação de seu livro Quarto de despejo, no qual narrava o cotidiano da favela do Canindé, na cidade de São Paulo. Na ocasião, sustentava a família como catadora de lixo e escrevia no tempo exíguo que lhe sobrava.Com a repercussão e o sucesso da estreia, o título foi traduzido, ao menos, para 17 idiomas. O sucesso de vendas representou sua saída do Canindé e a possibilidade de residir com seus filhos em um bairro de classe média. Na sequência lança seu segundo livro, Casa de alvenaria, que trazia o subtítulo “diário de uma ex-favelada”, que teve uma repercussão menor que o anterior. Lançou também, em 1961, pela RCA um disco com canções em que Carolina assina letra e música. Ela ainda publicou, de forma independente, os livros Provérbios e Pedaços da fome, de 1963.
Carolina Maria de Jesus morreu em 13 de fevereiro de 1977 em seu sítio em em Parelheiros, já esquecida do grande público e distante da vida literária do país. No entanto, ao longo de sua trajetória, Carolina nunca deixou de escrever, por isso sua profícua produção autoral que inclui poemas, crônicas, peças de teatro e letras de música permanecem em cadernos manuscritos inéditos em sua maioria.
Quando
14/3/2023, terça, 19h
Entrada gratuita
Lugares limitados (145 lugares)
Distribuição de senhas 60 minutos antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.
Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
PROTOCOLOS DE VISITA AO IMS PAULISTA ►
O uso da máscara é recomendado.
Hélio Menezes
Curador de Arte Contemporânea do Centro Cultural São Paulo e Affiliated Scholar ao BrazilLab, da Universidade de Princeton. Entre seus projetos recentes, inclui-se The discovery of what it means to be Brazilian (Mariane Ibrahim Gallery, Chicago); Abre-Caminhos (CCSP); Nova República (12a Bienal de Arquitetura de São Paulo); Há luz atrás dos muros (Museu de Arte Osório Cesar); e Histórias Afro-Atlânticas (MASP/ Instituto Tomie Ohtake). É cocurador de Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros (Instituto Moreira Salles) e curador de Atravessar a grande noite sem acender a luz, individual de Jota Mombaça no CCSP. É um dos curadores da 35a Bienal de São Paulo (setembro de 2023).
Raquel Barreto
Historiadora e pesquisadora. Dedica-se ao estudo do pensamento e de produções artísticas negras. É especialista nas autoras Angela Y. Davis e Lélia A. Gonzalez. Realiza pesquisa no doutorado sobre o Partido dos Panteras Negras e as relações com a fotografia. Colaborou com a exposição Todo poder ao povo. Emory Douglas e os Panteras Negras (Sesc Pinheiros, 2017). Prefaciou a edição brasileira do livro Angela Davis, uma autobiografia (Boitempo, 2019). Foi cotutora do Programa de residência artística do MAM|Capacete, em 2020, no Museu de Arte Moderna do Rio. É cocuradora da exposição Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros.
Vera Eunice de Jesus Lima
Professora de Língua Portuguesa e filha da escritora Carolina Maria de Jesus. Participou do conselho que estudou os caminhos de realização da Exposição Carolina Maria de Jesus: um Brasil para Brasileiros, realizada no IMS. Atua como docente em encontros e palestras sobre a história, a obra e o legado da escritora, e no momento planeja a escrita de uma biografia de sua mãe.
Renata Bittencourt
Mestra e Doutora em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas. Foi diretora executiva do Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), diretora de processos museais do Instituto Brasileiro de Museus e secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural no Ministério da Cultura (MinC). Atualmente, coordena o Educativo do Instituto Moreira Salles.
Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros
O catálogo traz imagens das obras dos 68 artistas que integraram a mostra, além de cadernos originais, objetos pessoais e fotografias autorais de Carolina Maria de Jesus. Textos dos curadores Hélio Menezes e Raquel Barreto e de outros autores, como Conceição Evaristo, Fernanda Miranda e Renata Bittencourt, completam o volume.
Páginas: 352
Formato: 23 x 3,2 x 17 cm
ISBN: 9786588251089
Idioma: Português
Lançamento: Março / 2023