O Instituto Moreira Salles, em parceria com a Agência de Redes para Juventude, apresenta nos dias 14, 15 e 16 de dezembro a segunda edição do Escuta Festival: uma ação que reúne arte, ativismo e periferia. A programação conecta jovens artistas de periferias de regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, que ocuparão os espaços virtuais do IMS com um show, lives e grupos de estudos.
O ano de 2020 foi marcado pela pandemia, evidenciando e intensificando as desigualdades sociais do país. A cultura de periferia, realizada por artistas e ativistas que estão atrelados diretamente a essa realidade, também sofreu transformações e reinvenções. O Escuta Festival 2 busca dialogar com este cenário e pretende fortalecer, aprender e dar visibilidade a esse sistema artístico.
A centralidade da programação desta edição está na Comunidade Escuta: um grupo de 30 artistas, ativistas e produtores das periferias da metrópole fluminense convidados pelo IMS e pela Agência de Redes para Juventude. Eles participarão de imersões, formações e apresentações artísticas. Para os eventos abertos ao público, foram convidados como mediadores artistas como Taísa Machado, pesquisadora e criadora do Afrofunk Rio, e Raull Santiago, criador do Coletivo Papo Reto. O resultado desses encontros é uma curadoria que dispara possibilidades no campo da arte e do ativismo na metrópole.
Curadoria
Segunda, 14 de dezembro
Escuta esse Mapa
Ao longo da tarde, o jornalista Edu Carvalho apresentará uma live que contará com a participação de artistas e projetos localizados em pontos extremos da metrópole do Rio. O percurso e os encontros serão transmitidos pelo Instagram.
13h - Sepetiba
Pablo Ramos e Gabriella Nacor
15h - Japeri
Osmar Paulino e Nicole Nascimento
17h - Pavuna
César Varella e Ana Acioli
19h - IMS Rio
Ana Luiza de Abreu (IMS) e Valquiria Oliveira (Agência de Redes para Juventude)
Terça, 15 de dezembro
9h - Comunidade Escuta - Como criar uma rede de artistas e ativistas?
Imersão entre os 30 fazedores da Comunidade Escuta a partir do tema “Como criar uma rede de artistas e ativistas?”, mediada pela equipe do Escuta Festival. O objetivo é estimular os participantes a trocarem e se conectarem para a criação de uma rede com possibilidades de desdobramentos futuros.
Mediação: Agência de Redes para Juventude e Equipe IMS
Duração: 2h
12h - Escuta Artistas (LIVE!)
Taísa Machado, pesquisadora e criadora do Afrofunk Rio, conversa com dois participantes da Comunidade Escuta, o poeta Matheus de Araújo e a cantora e compositora Lorac Lopez, sobre seus universos privados e processos criativos.
Duração: 1h
14h - Escuta quem Faz
Silvana Bahia, criadora do Olabi, e Raull Santiago, criador do Coletivo Papo Reto, realizam uma formação sobre “Visibilidade e redes para causas” para a Comunidade Escuta. O tema é de grande relevância para o percurso formativo do grupo, visto que as periferias não são contempladas com acesso à internet de qualidade, os algoritmos das redes sociais se tornam cada vez mais complexos e por isso dificultam a visibilidade para aqueles que não pagam pela sobrevivência nas redes.
Duração: 2h
19h - Show Rafael Mike e Lisa Castro
Rafael Mike e Lisa Castro, artistas da Baixada Fluminense com importantes trajetórias no campo da música conduzem um show transmitido ao vivo direto do IMS Rio de Janeiro. O show conta com participações de Lorac Lopez e Afrodite BXD da Comunidade Escuta.
Duração: 1h30
Quarta, 16 de dezembro
9h - Comunidade Escuta - Como fazer de 2021 o ano da arte e do ativismo de periferia?
Imersão entre os 30 fazedores da Comunidade Escuta a partir do tema “Como fazer de 2021 o ano da arte e do ativismo de periferia?”, mediada pela equipe do Escuta Festival. O objetivo é estimular os participantes a pensarem um cenário que dispare realizações possíveis no campo da arte e do ativismo na metrópole.
Mediação: Agência de Redes para Juventude e Equipe IMS
Duração: 2h
12h - Escuta Artistas (LIVE!)
Sinara Rúbia, pesquisadora e educadora, conversa com duas participantes da Comunidade Escuta, a comunicadora e ativista LGBTQI+ Quitta Pinheiro e a trancista e psicóloga Naiara Pinheiro, sobre a relação entre arte e desigualdades.
Duração: 1h
14h - Escuta quem Faz
Giordana Moreira e Barbara Rodriguez produtoras independentes de Nova Iguaçu e São Gonçalo respectivamente, realizam uma formação sobre “Acesso e fomento” para a Comunidade Escuta. Ser artista na periferia é, na grande maioria das vezes, realizar a partir de métodos e formas próprias de organização sem o apoio do poder público. Quando surge aquele edital, grande parte não consegue acessar por conta da burocracia envolvida. O tema não só é relevante como urgente no percurso formativo do grupo, que precisa enfrentar velhos e novos desafios dentro do assunto.
Duração: 2h
18h - Todo Mundo Escuta
Em clima de encerramento, protesto, performance, palavras e gestos, a celebração de encerramento Todo Mundo Escuta contará com a participação de artistas da Comunidade Escuta, mediada pela educadora, pesquisadora e comunicadora Pâmela Carvalho. Venha celebrar com a gente!
Duração: 2h
Quando
14, 15 e 16 de dezembro de 2020, segunda a quarta
Evento online e gratuito
Transmissão ao vivo pelo Instagram, Youtube e Facebook do IMS, de acordo com o evento.
Verifique ao lado de cada evento os canais de transmissão disponíveis.
Os eventos transmitidos pelo YouTube e Facebook terão tradução simultânea em Libras.
Oficina Escavando palavras, negociando desejos
10 e 17 de dezembro de 2020
No contexto da exposição Ocupação Eduardo Coutinho no IMS Rio e do Escuta Festival, a equipe de Ação Educativa propôs uma oficina de criação audiovisual explorando aspectos do cinema documentário de Coutinho para estudantes de cinema de instituições parceiras. Nos encontros, serão apresentados vídeos e trechos de filmes como disparadores de reflexões sobre o processo de criação do cineasta. Os participantes serão convidados a realizar vídeos a partir de exercícios que exploram características do método desenvolvido por ele.
Leituras de portfólios
2021, 1º semestre - data a definir
Artistas de periferia, com preferência para mulheres, pessoas trans e negras, inscreverão seus portfólios e serão selecionades para dialogar com profissionais da fotografia, do audiovisual, da música e da literatura do Instituto Moreira Salles. A partir de falas e escutas, selecionades e leitores dos portfólios se encontrarão para pensarem, juntos, possíveis direcionamentos dos trabalhos.