Convergências entre arte, educação e saúde
Ciclo de conversas
Quando
Evento online | Grátis
Nos dias 22, 23, 29 e 30 de setembro de 2020, a área de Educação do IMS realizou o II Fórum de Acessibilidade. Um ciclo de encontros virtuais com o objetivo de fomentar conversas sobre as relações entre arte, educação e saúde nas instituições culturais.
Assistir aos vídeos dos encontros
Mesa 1: Museu, acesso e relação
Mesa 2: O protagonismo da pessoa com deficiência
Mesa 3: Saúde e políticas públicas no contexto das instituições culturais
Mesa 4: Acessibilidade como prática educativa
As questões relacionadas à acessibilidade estão cada vez mais presentes nos museus e equipamentos culturais. O acolhimento da diversidade de pessoas que frequentam museus amplia as discussões urgentes sobre as necessidades de adaptação física dos espaços, a quebra de barreiras atitudinais e comunicacionais e, principalmente, o desmanche de barreiras simbólicas que inibem o acesso das pessoas às instituições.
A pandemia da COVID-19 restringiu o convívio, criando novas dinâmicas sociais. As práticas de visitação às instituições culturais demandaram ressignificações e novos desafios têm se apresentado no processo de conversão do museu ao virtual. O esforço contínuo em tornar acessível a programação cultural encontra novos paradoxos. De que maneira essa adaptação das instituições reforça as barreiras que limitam o direito das pessoas à vida cultural? Em que medida o acesso aos conteúdos artísticos e educacionais nas plataformas digitais são efetivas?
Para além disso, as instituições culturais ocupam o papel de memória, difusão, conservação e vivência artística, de pulsão educativa e se amplia como um lugar possível de promoção da saúde mental. Qual a consequência desse processo para as pessoas que historicamente têm seus acessos negados? Essas e outras discussões serão tratadas no Fórum, que contará com convidados de diferentes territórios e áreas de atuação.
22 de setembro, terça, às 18h
Daina Leyton (Consultora de acessibilidade cultural - SP)
Mediação: Janis Clémen
A conversa inaugural do II Fórum de Acessibilidade propõe uma reflexão sobre os desafios impostos aos equipamentos culturais na conjuntura da pandemia e pós pandemia, no campo presencial e na readequação de trabalho para o virtual.
A partir da perspectiva de que os museus não existem em si mesmos, mas na relação entre e com os sujeitos e a comunidade, como reconfigurar as proposições de modo a assegurar o acesso, acolhimento e o bem-estar? Como criar possibilidades de experiências construtivas e significativas aos seus diversos públicos?
Convidamos Daina Leyton a compartilhar seus saberes, pensamentos, ideias sobre esse contexto atual e como o museu pode colaborar com as novas formas de viver em sociedade.
23 de setembro, quarta, às 18h
João Maia (Fotógrafo - SP)
Rogério Andreolli (Conselheiro Municipal de Cultura na cadeira de Expressão das Artes das Pessoas com Deficiência)
Mediação: Jhonny Medeiros
A mesa O protagonismo da pessoa com deficiência tem como intenção refletir sobre a invisibilização das pessoas com deficiência pelas instituições dominantes da sociedade como consequências do capacitismo. Sendo assim, como medidas inclusivas podem provocar mudanças nas estruturas socioculturais atuais? Como mudar a paisagem das instituições no intuito de assegurar oportunidades de protagonismo às pessoas com deficiência? Qual a importância e como criar novos fluxos de relação, em um cenário pós pandêmico, pela perspectiva da interdependência?
29 de setembro, terça, às 18h
Patrícia Villas-Bôas (professora no Sedes Sapientiae - SP)
Ciça Cordeiro (coordenadora de comunicação da SMPED - SP)
Mediação: Anna Clara Hokama
A mesa Saúde e Políticas Públicas no contexto das instituições culturais, convida Ciça Cordeiro e Patrícia Villas-Bôas para um diálogo sobre o papel desses espaços na promoção da acessibilidade e da saúde mental em suas relações entre arte, saúde e políticas públicas. Pretende-se, ainda, refletir sobre os efeitos da pandemia nesses contextos.
30 de setembro, quarta, às 18h
Viviane Sarraf (Museus Acessíveis - SP)
Fábio de Sá (CES Rio Branco - SP)
Mediação: Júnior Ahzura
O diálogo proposto pela mesa Acessibilidade como prática educativa pretende apontar possíveis estratégias na promoção do acesso e bem estar das pessoas com deficiência nos equipamentos culturais. Bem como, as relações e formações de vínculo construídas entre instituições de ensino formal e espaços de educação não formal, visando não reafirmar as barreiras atitudinais, comunicacionais e simbólicas.
Daina Leyton
Educadora, psicóloga e professora. Consultora de acessibilidade cultural e de programas educativos. Concebeu a acessibilidade do Museu de Arte Moderna de São Paulo, onde coordenou o educativo de 2011 a 2020. Foi curadora do programa Poéticas do Acesso no Sesc Belenzinho e de outros programas de cultura, educação e promoção de saúde.
Rogério Andreolli
Ator, bailarino profissional e psicólogo. Teve poliomielite aos 9 meses de idade. Ativista no movimento cultural e artístico das pessoas com deficiência. Cofundador da Pulsar Cia. de Dança, ministra workshops e palestras sobre inclusão sociocultural das pessoas com deficiência através da arte. Fundador e atual presidente do Very Special Arts do Brasil (Artes sem Barreira).
Patrícia Villas-Bôas
Psicóloga e psicanalista, mestre em Psicologia da Arte pela USP e docente de especialização em Saúde Mental do Instituto Sedes Sapientiae.
Ciça Cordeiro
Jornalista e coordenadora de Comunicação na Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência. Foi assessora Parlamentar na CMSP, assessora editorial na Editora Globo, onde criou e coordenou o Prêmio Globo de Jornalismo. Trabalhou como assessora de imprensa em diversas publicações, como as revistas Bravo! e República.
Viviane Sarraf
Especialista em Museologia pelo CEMMAE-USP, é coordenadora do GEPAM – Grupo de Estudo e Pesquisa de Acessibilidade em Museus. Fundadora e consultora da Empresa Social Museus Acessíveis, professora colaboradora e orientadora do Programa de Pós Graduação Multidisciplinar em Culturas e Identidades Brasileiras do IEB-USP. Foi professora convidada do PPGMus-USP, do Curso de Especialização em Acessibilidade Cultural da UFRJ, criadora e curadora do Centro de Memória Dorina Nowill da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Fábio de Sá
Poeta surdo, professor de Libras na PUC-SP e CES Rio Branco, ator, narrador. Desenvolve pesquisa poética em Libras a partir do conceito Visual Vernacular, a qual já apresentou na França, no Chile, na Colômbia e no Brasil. Ministrou workshops de VV - Visual Vernacular em Japão, Costa Rica, Colômbia, Chile e Brasil.
João Maia
Fotógrafo, nasceu em Bom Jesus do Piauí. Aos 28 anos foi acometido pela uveíte bilateral, passando a enxergar vultos e perceber cores. Assim que perdeu parte da visão, envolveu-se com o Movimento Paralímpico. Foi atleta de arremesso de peso e lançamento de dardo e disco durante sete anos. Sua realização pessoal se deu quando conheceu a fotografia e passou a registrar, como fotógrafo, o movimento paralímpico.
Evento online. Grátis.
Não é necessário se inscrever antecipadamente.
Lugares limitados. A capacidade máxima de pessoas por conversa, no Zoom, é de 500 pessoas.
Quando
22, 23, 29 e 30 de setembro, das 18h às 19h30
Onde
O evento online acontecerá na plataforma Zoom.
Todas as conversas serão transmitidas no mesmo link.
Para participar, basta clicar no link na hora do evento.
Todas as conversas serão gravadas e disponibilizadas, posteriormente, nos canais do IMS.
Recursos de Tecnologia Assistiva
Intérprete de Libras
Legendagem em português
O projeto de acessibilidade para pessoas com deficiência física, auditiva e visual está em fase de implantação no IMS, recebendo consultoria de especialistas.
A Área de Educação do IMS formula e realiza programas para as suas três unidades: Rio de Janeiro, Poços de Caldas e São Paulo, alinhando ações para promover a fruição de exposições diversas, incluindo as mostras dos acervos do IMS. Os programas são dirigidos aos mais variados públicos, de diferentes perfis e faixas etárias, visando a sensibilização, o estímulo à experiência artística e estética, o incentivo ao pensamento crítico e reflexivo sobre arte, cultura e memória, em especial sobre a imagem fotográfica. São atividades frequentes as visitas mediadas, os ateliês de férias, os projetos continuados em parceria com escolas, e com associações e lideranças comunitárias, encontros com professores, formação interna, atividades para famílias e ações de acessibilidade.
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Fim das informações sobre o Fórum de Acessibilidade