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Contraste

Letizia Battaglia por coletivos cariocas

Com Papo reto, Fala Akari, Fluxos urbanos e Imagens do povo

Conversa na galeria

Quando

26 de janeiro de 2019, sábado, 17h

Entrada gratuita

Lugares limitados. Mais informações em Como participar.

IMS Rio

Galeria Marc Ferrez
Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea - Rio de Janeiro/RJ

Representantes de coletivos cariocas participaram de uma conversa com o público no IMS Rio no dia 26 de janeiro de 2019 (sábado), às 17h. Eles falaram sobre as conexões entre as suas vivências e a mostra Letizia Battaglia: Palermo, que apresenta a obra da fotógrafa italiana responsável por documentar a Guerra da Máfia em Palermo, especialmente nas décadas de 1970 e 1980.

O encontro reuniu quatro coletivos de comunicação, memória e artes, de diferentes territórios populares cariocas: Papo Reto, proveniente dos complexos do Alemão e da Penha, Fluxos Urbanos, do subúrbio de Honório Gurgel e região, Fala Akari, oriundo de Acari, na Zona Norte, e Imagens do Povo, centro de documentação do complexo da Maré.

Os convidados discorreram sobre os diálogos entre as imagens dos conflitos da Guerra da Máfia em Palermo, produzidas por Battaglia, e as suas próprias experiências de retratar a violência no Rio de Janeiro. A mediação foi da pesquisadora Eliana Sousa Silva, doutora em Serviço Social.

Crianças brincam com as armas que receberam de presente dos pais no 2 de novembro, dia dos mortos, Palermo, 1986. Foto de Letizia Battaglia

Coletivos convidados
Papo Reto: complexos do Alemão e Penha, representado por Thainã Medeiros
Fala Akari: Acari Zona norte, representado por Bruna Buba
Fluxos Urbanos: subúrbio de Honório Gurgel e região, representado por Manaíra Carneiro
Imagens do Povo: conjunto de favelas da Maré, representado por Francisco Valdean e Bira

A exposição Letizia Battaglia: Palermo reúne 58 imagens da fotógrafa italiana, cuja obra está profundamente ligada à cidade de Palermo, na Sicília, onde ela nasceu. Letizia Battaglia registrou a época dos conflitos mais violentos da máfia local, além de documentar o cotidiano da cidade.


Vídeo da conversa


Imagens


Como participar

Entrada gratuita, por ordem de chegada. Evento sujeito à lotação.


Sobre os participantes

Imagens do Povo é um centro de documentação, pesquisa, formação e inserção de fotógrafos populares no mercado de trabalho. Criado em 2004, o programa alia a técnica fotográfica às questões sociais, registrando o cotidiano das favelas através de uma percepção crítica, que leve em conta o respeito aos direitos humanos e à cultura local. O projeto desenvolve ações nas esferas da educação, comunicação e arte, com objetivo de democratizar o acesso à linguagem fotográfica, apresentando a fotografia como técnica de expressão e visão autoral da sociedade.

Fluxos urbanos é uma multiplataforma colaborativa de comunicação sobre o subúrbio carioca e seus moradores, acessível através de site oficial, fanpage no Facebook, canal de vídeos no YouTube, materiais gráficos, publicações acadêmicas, produção de eventos e arte multimedia.

Papo Reto é um coletivo de comunicação para direitos humanos em favelas. Atua na perspectiva de disputar narrativas sobre o que é o Complexo do Alemão e denunciar violações de direitos através do uso da imagem e ampliação da rede de acolhimento das vítimas.

Fala Akari é um coletivo formado por militantes moradores de Acari visando a luta por direitos trabalhando através da educomunicação. O trabalho da defesa de direitos ocorre através de várias ações disputando a narrativa sobre nosso povo, território e cotidiano. Utilizando várias ferramentas de fácil acesso como a internet, materiais de audiovisual e ações nas ruas.

Eliana Sousa Silva é doutora em Serviço Social e mestre em Educação pela PUC-Rio. Graduada em Letras Português/Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. É Doutora Honoris Causa pela Queen Mary University of London. Líder do Grupo de pesquisa do CNPq Núcleo Políticas de Prevenção da Violência, Acesso à Justiça e Educação em Direitos Humanos. Atua como defensora de direitos dos moradores e moradoras de favelas. Fundou algumas instituições com atuação na Maré, dentre elas, o então Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré e, ainda, a Redes de Desenvolvimento da Maré, Redes da Maré, da qual é uma das dirigentes até hoje. Trabalhou 32 anos na UFRJ, destacando-se na direção da Divisão de Integração Universidade Comunidade, DIUC. É consultora metodológica do projeto Aluno Presente, da organização social Associação Cidade Aprendiz. É curadora da 1ª edição do Festival Mulheres do Mundo, WOW, no Brasil. É autora dos livros Testemunhos da Maré (2015) e A Ocupação da Maré pelo Exército Brasileiro (2017).


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A série Conversas na galeria promove o encontro de críticos, professores e especialistas com o público nos espaços expositivos do IMS, estimulando o debate em contato direto com as obras de arte. 


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