Idioma EN
Contraste

Ocupar a Terra, Ocupar a Tela

Mulheres, terra e movimento

Oficina de cinema

Com Graciela Guarani, Michely Fernandes e Sophia Pinheiro. Relacionada à Claudia Andujar: a luta Yanomami

Quando

2, 3 e 4 de outubro de 2019, das 14h às 18h

Entrada gratuita

ESGOTADO (lista de espera disponível). Mais informações em Como participar.

IMS Rio

Ateliê
Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea – Rio de Janeiro - RJ

Em parceria com o Museu do Índio, o IMS Rio promove esta oficina de cinema. O objetivo é discutir algumas especificidades das mulheres indígenas e suas relações com a terra a partir do acionamento poético e político do audiovisual.

A atividade será conduzida pelas cineastas Graciela Guarani e Michely Fernandes, do povo Guarani Kaiowá, e pela artista Sophia Pinheiro, doutoranda em audiovisual pela UFF.

Em um primeiro momento da oficina, serão analisados quatro filmes que abordam o tema da oficina: Demarcação Daje Kapap Eypi (2015), A voz das mulheres indígenas (2015), Opará (2016), TEKO HAXY (2018) e Kaiowá Kuñataí (2016)

Inspirados pelas obras assistidas, os participantes serão convidados a produzirem um filme-carta manifesto. Nos trabalhos, os alunos poderão tratar da sua relação com a coletividade e os ambientes ao seu redor.

Mulheres dançam e cantam à noite na maloca. Catrimani, 1974. Foto de © Claudia Andujar

Sobre as participantes

Graciela Guarani, pertencente à nação Guarani Kaiowá de MS, é comunicadora, cineasta, fotógrafa, designer e ministra oficinas de audiovisual. Coautora de dois livros de fotografia, Nossos olhares e Olhares sobre o futuro. Participou como diretora, roteirista e cinegrafista em 4 curtas (Terra Nua, Mãos de Barros, Mba’eicha Nhande Rekova’erã e Tempo Circular). Curadora do Cine Kurumin (PE, 2019), e da Mostra Lugar de Mulher é no Cinema (BA, 2019). É uma das cineastas indígenas mais atuantes em produções independentes no Brasil.

Michele Perito, formada em direção pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro, pertence ao povo Guarani Kaiowá. É professora na Escola Municipal Indígena Pai Chiquito (Panambizinho, MS) e membro da Ascuri (Associação Cultural dos Realizadores Indígenas). Formado em 2008 por jovens realizadores/produtores culturais Guarani, Kaiowá e Terena, a Ascuri busca, por meio de novas tecnologias de comunicação, criar estratégias de resistência para os povos indígenas do Mato Grosso do Sul (MS), fortalecer a luta pelo território tradicional e pela democracia midíatica.

Sophia Pinheiro é doutoranda em Cinema e Audiovisual do PPGCine – Programa de Pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF); bacharel em Design Gráfico e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Goiás. É pensadora visual, interessada nas poéticas e políticas visuais, etnografia das ideias, do corpo e marcadores da diferença, principalmente em contextos étnicos, gênero e sexualidade. Participa do grupo de pesquisa Documentário e Fronteiras. Expôs seus trabalhos artísticos no Brasil e no exterior. É professora da Academia Internacional de Cinema (RJ) e artista bolsista do programa Formação e Deformação – Emergência e Resistência 2019, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ).


Como participar

ESGOTADO (lista de espera disponível)

Quando
2, 3 e 4 de outubro de 2019, das 14h às 18h

Entrada gratuita.
Lugares limitados.


Programa

AULA 1 | Quarta-feira, 2 de outubro, 14h às 18h
Local: Casa de Leitura Dirce Cortes Riedel - Rua das Palmeiras, 82, Botafogo.

Mulheres, terra e a imagem: o que alguns filmes nos mostram
O início da oficina tem como objetivo compartilhar projetos de mulheres e suas relações com a terra por meio das imagens, a fim de contextualizar nossa proposta. Exibiremos quatro filmes: Demarcação Daje Kapap Eypi (2015), A voz das mulheres indígenas (2015), Opará (2016) e Kaiowá Kuñataí (2016). Assim, iniciamos a oficina com um questionamento: com qual finalidade e de que modo essas mulheres utilizam a imagem?

AULA 2 | Quinta-feira, 3 de outubro, 14h às 18h
Local: IMS Rio - Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea.

Territorialidades, corpos e escritas de si
Com o relato da trajetória das cineastas, começaremos uma discussão sobre a política das imagens e das representações entre as mulheres indígenas brasileiras, a partir de seus relatos pessoais.

AULA 3 | Sexta-feira, 4 de outubro, 14h às 18h
Local: IMS Rio - Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea.

Oficina prática: filme-carta para si
Após os dois primeiros dias da oficina, os participantes produzem um filme-carta que deve ser endereçado a si mesmo. A proposta é trabalhar a mensagem do filme com foco em si, na autoreflexão e percepção das suas vivências e conexões subjetivas com os espaços, a terra e a coletividade. Nesse momento o foco é trabalhar com as ideias do fazer compartilhado, conceitos de roteiro, direção e montagem não convencionais. A realização deste último dia prático, corrobora com os acionamentos propostas pela oficina na consciência criativa e resistente do fazer imagético sensível. Sensível não apenas porque é centrado em questões das mulheres, mas sensível porque sensibiliza a experiência vivida com a prática cotidiana aos “assentamentos” e “retomadas” das imagens.

Neste terceiro dia, visualizaremos os filmes-carta produzidos e montaremos.


Exposição relacionada


Mais eventos

Mais IMS