OUTRAS IMAGENS DO RIO
A exposição virtual Outras Imagens do Rio é um pequeno recorte da história da fotografia popular carioca, uma modalidade da linguagem surgida a partir do desejo de questionar a política das imagens que produzem estereótipos sobre os territórios populares. Os autores Bruno Itan, Léo Lima, Josiane Santana, Elisângela Leite e Jean Barreto são fotógrafos/as com trajetórias dedicadas e empenhadas no fazer poético e político de imagens que aciona e reivindica outros imaginários sobre as paisagens culturais das favelas e subúrbios da cidade.
Francisco Valdean
As fotografias ficaram disponíveis de 3/12/2021 a 6/1/2022.
Jean Barreto
Artista visual, fotógrafo, historiador e educador da Maré. Desde 2017 desenvolve o projeto Fragmentos de uma Maré, e é fundador do Coletivo Cabeçada. Participou de exposições no Sesc Campos e na Associação de Imprensa Campista. Seu trabalho mais recente é Carolina na Maré (2021).
Foto: Kamila Barreto Costa
Bruno Itan
Nascido em Recife, mora no Complexo do Alemão. Começou a fotografar em 2008, pelo curso Memórias do PAC. Foi fotógrafo do governo do Rio de Janeiro de 2011 a 2017 e é fundador do projeto Olhar Complexo. Seu foco é retratar o cotidiano da favela, exaltando a felicidade dos moradores.
Foto: Thais Alvarenga
Josiane Santana
Mãe, jornalista, fotógrafa popular, social media, comunicadora comunitária e feminista do Complexo do Alemão. Atua na fotografia popular desde 2013 no coletivo Favelagrafia. Seu trabalho é focado na documentação fotográfica do cotidiano das favelas cariocas.
Foto: Stella Ribeiro
Léo Lima
Léo é cria do Jacarezinho, favela na Zona Norte do Rio de Janeiro. É fotógrafo formado pela Escola de Fotógrafos Populares do Imagens do Povo, e dedica-se a documentar a dignidade humana do povo velado e marginalizado pela imprensa brasileira.
Foto: Carolina Meireles
Elisângela Leite
Fotógrafa pela Escola de Fotógrafos Populares, trabalhou no jornal Maré de Notícias por dez anos. Participa dos coletivos Favela em Foco, Folia de Imagens e do Coletivo Fotografia Periferia e Memória. Integrou mostras individuais como Pescadores, na Maré; Ginga da vida, em Paris, e Copa para quem? na Alemanha.
Foto: AF Rodrigues
O Escuta Festival é um evento integrado por manifestações de artistas e agentes culturais de múltiplos territórios periféricos do Rio de Janeiro. Em sua terceira edição, a ser realizada nos dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2021 no espaço virtual do Instituto Moreira Salles e na TV Coragem, busca refletir e colocar em questão as cenas artísticas contemporâneas, o acesso e a permanência ao trabalho dos artistas, trazendo para o centro da discussão os artistas periféricos como reinventores dos espaços reais e imaginários, além da esperança e do respeito à intergeracionalidade.
O festival foi concebido e realizado por uma curadoria coletiva de artistas e articuladores culturais, bem como por comunicadores e produtores de territórios da metrópole fluminense, para construir estratégias de articulação coletiva, formas de expressão, construção e manutenção de redes de apoio ao fazer artístico. A culminância deste processo pode ser vista, apreciada e experimentada na programação do Escuta Festival 2021.