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Torém: A dança sagrada do povo Tremembé

Show

Relacionado à exposição Claudia Andujar: a luta Yanomami

Quando

12 e 13 de março de 2019, terça e quarta, às 20h30

Ingressos

Vendas pelo Eventbrite. Mais informações em Como participar.

IMS Paulista

Cineteatro
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP

O Torém é um ritual sagrado e ancestral considerado um símbolo de resistência. Muitos de seus cantos estão na língua nativa e foram baseados na vivência do povo Tremembé, na sua relação com a natureza, inspirando-se em animais, plantas e no período da colheita do caju azedo, base da bebida sagrada Mocororó. O momento da dança guarda uma forte ligação com a espiritualidade, ao mesmo tempo em que é tomado como uma brincadeira, pois na maioria das vezes dança-se para comemorar um acontecimento, como um aniversário ou o nascimento de uma criança.

Torém também é o título de uma das últimas composições de André Mehmari, Torém - O índio e o Mar, escrita com a colaboração de Marlui Miranda, que atuou como solista junto à Orquestra Experimental de Repertório na estreia da peça, em dezembro de 2018.

Nestas duas apresentações, o IMS Paulista recebe uma versão do ritual a partir do encontro dos músicos André Mehmari e Marlui Miranda com os índios Tremembé de Almofala, no litoral cearense: Cacique João Venâncio, Pajé Luis Caboco, Getúlio Tremembé e Janiel Tremembé.

O show faz parte da programação relacionada à exposição Claudia Andujar: a luta YanomamiA retrospectiva apresenta o trabalho da fotógrafa e ativista que dedicou a vida a estudar e proteger um povo indígena ameaçado de extinção. A mostra, com imagens e documentos inéditos, reconta a transformação de um projeto fotográfico num marco da história visual e política do país.


Vídeo


Sobre os participantes

Cacique João Venâncio - voz
Pajé Luis Caboco - voz
Getúlio Tremembé - voz
Janiel Tremembé - voz
André Mehmari - piano
Marlui Miranda - violão e voz

Cacique João Venâncio  (Francisco Marques do Nascimento)
Pescador durante muitos anos, iniciou essa atividade ainda criança. Foi criado pela mãe, com quem aprendeu a lutar pelos direitos do seu povo, tornando-se cacique nos anos 90, função que exerce até hoje. Em 2008 recebeu o título de Mestre da Cultura pela Secretaria da Cultura do Ceará, Secult-CE. Em 2013, juntamente com o Pajé Luis Caboco e em parceria com Sesc de Iparana, elaborou um projeto de valorização dos Troncos Velhos Indígenas, que foi batizado de Herança Nativa e que teve a sua primeira edição no ano seguinte. Atualmente desenvolve trabalhos de fortalecimento da cultura indígena junto aos outros povos do Ceará.

Pajé Luis Caboco  (Luis Manuel do Nascimento)
Artesão desde criança, adquiriu tal habilidade vendo seu pai fazer trabalhos de carpintaria, e já nessa época aprendeu a desenvolver o dom da espiritualidade. Nos anos 90 tornou-se pajé do povo Tremembé devido aos conhecimentos espirituais de seus ancestrais. Em 2008 também recebeu o título de Mestre da Cultura pela Secretaria da Cultura do Ceará, Secult-CE. É militante do movimento indígena desde a década de 80, atuando como uma das maiores lideranças do Ceará.

Getúlio Tremembé (José Getúlio dos Santos)
Formado em Magistério Indígena Tremembé Superior (MITS), curso de licenciatura da Universidade Federal do Ceará, é especialista em Metodologias do Ensino de História e Geografia, e professor na Escola Indígena Tremembé Maria Venância há 15 anos, onde também é diretor. Artesão nas horas vagas, representa o povo Tremembé de Almofala na Comissão Interinstitucional de Educação Escolar Indígena do Ceará e atua no movimento indígena desde 2001.

Janiel Tremembé (Janiel Marques do Nascimento)
Formado na Escola Indígena Tremembé Maria Venância, concluiu o Ensino Médio Intercultural Tremembé em 2014 e desde então atua ajudando na Escola. Jovem militante no movimento indígena, é representante do Museu Tremembé, participando de encontros nacionais e internacionais.

Marlui Miranda
Cantora, compositora e arranjadora, dedica-se há quase trinta anos à música indígena, tornando-se uma referência nessa área. Recebeu bolsas de apoio à pesquisa, tais como o da Fundação Rockfeller, a The John Simon Guggenheim, Fundação Vitae e RioArte. Com 9 CDs lançados ao longo de sua carreira, vem realizando turnês no Brasil e no exterior, tendo se apresentado e gravado com músicos como Milton Nascimento, Hermeto Pascoal, Naná Vasconcellos, Trilok Gurtu, John Surman, Jack DeJohnette, Egberto Gismonti e grupo Pau Brasil, entre outros. Seu mais recente trabalho é o CD Fala de Bicho, Fala de Gente, com o qual ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira, em 2015, na categoria Melhor Cantora.

André Mehmari
Pianista, compositor, arranjador e produtor, tem uma reconhecida trajetória tanto na música popular como na erudita. Participou de festivais como Chivas Jazz, Heineken Concerts, TIM Festival, Umbria Jazz e Savassi Festival, além de turnês nos EUA, Europa e Ásia. Dono de uma vasta e premiada discografia, escreve frequentemente para orquestras sinfônicas, conjuntos de câmara, filmes e balés, sendo o compositor que mais recebe encomendas no país. Tem uma ativa carreira pianística solo e também em trio (com Neymar Dias e Sérgio Reze), além dos duos que desenvolve com o pianista Mário Laginha, o clarinetista Gabriele Mirabassi, o bandolinista Hamilton de Holanda e as cantoras Marília Vargas, Ná Ozzetti e Mônica Salmaso.


Repertório

André Mehmari
Torém: O índio e o mar
 

Marlui Miranda
Araruna
 (adaptação de canto Parakanã)
Juparana (adaptação de canto Juruna)

Cacique João Venâncio (guardião) e povo Tremembé
Água de Mani 
Brandim Brandim Poty
Ô Jande reko guira 
O Vidju 
Ô na porangeté 


Como participar

Ingressos: R$20 e R$10 (meia).

Estudantes, professores e maiores de 60 anos têm 50% de desconto.

Vendas antecipadas pelo Eventbrite ou no dia de cada evento na bilheteria do IMS Paulista, a partir das 10h.


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