IMS Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea - Rio de Janeiro/RJ
Exposição
Encerrada
13 de maio a 31 de outubro de 2017
Horário
De terça a domingo e feriados (exceto segunda), das 11h às 20h
Contato
(21) 3284-7400
[email protected]
Curadoria
Eucanaã Ferraz
Na Internet
chichico.ims.com.br
#chichicofotografo
Imprensa
(11) 3371-4455
[email protected]
A exposição Chichico Alkmim, fotógrafo, com curadoria de Eucanaã Ferraz, poeta e consultor de literatura do IMS, fica em cartaz no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro de 13 de maio até 31 de outubro de 2017. A pequena galeria ficará aberta para visitação somente até dia 8 de outubro. A mostra apresenta mais de 300 imagens de Diamantina e arredores, produzidas pelo fotógrafo mineiro na primeira metade do século XX.
Francisco Augusto Alkmim (1886-1978) estabeleceu-se em Diamantina depois de viajar por Minas Gerais vendendo joias com seu pai. Ao chegar, encontrou uma cidade que já se distanciava dos dias de glória do período da farta exploração de diamantes. Chichico registrou as mudanças nesse universo, que flutuava entre a modernização e a tradição, fotografando a paisagem e seus habitantes. Sua atividade chegou até meados dos anos 1950.
Ao contrário de muitos fotógrafos com estúdios pelo interior do Brasil nesse período, Chichico nunca se limitou a retratar apenas a burguesia diamantinense. Teve como frequentadores de seu estúdio os trabalhadores ligados ao pequeno garimpo, ao comércio e à indústria e também fotografou casamentos, batizados, funerais, festas populares e religiosas, paisagens e cenas de rua.
Segundo Eucanaã Ferraz, no texto que abre o catálogo da exposição, “Chichico é daqueles fotógrafos que parecem ter o poder de fazer vir ao primeiro plano a vida de seus modelos. E é patente a densidade existencial que se expressa no conjunto de características físicas que chamamos fisionomia, compreendida como a realização momentânea de um destino”.
A exposição cobre cronologicamente e sintetiza as fases do trabalho do fotógrafo, que são apresentadas em salas ambientadas. Para reunir obras de valor museológico, a antiga biblioteca da casa da família Moreira Salles voltará ao seu estado original, com estantes de madeira e sem paredes falsas. Lá, será possível consultar mais de uma centena de negativos de vidro iluminados, que formam uma espécie de vitral, como também objetos originais do laboratório de Chichico e uma máquina de fole semelhante à utilizada pelo fotógrafo.
Um dos traços mais marcantes de Diamantina, e também registrado pelo fotógrafo, será homenageado pela mostra. Como escreveu Carlos Drummond de Andrade, “entre outras excelências, povo de Diamantina é povo que canta, e isto significa riqueza de coração”. Em Chichico Alkmim, fotógrafo, serão expostos cinco discos 78 rpm, com as obras de Ernesto Nazareth e de Catulo da Paixão Cearense, além dos registros de seresteiros, grupos de jazz, estudantes de música, bandas escolares e militares fotografados por Chichico.
A abertura da exposição também marca os 129 anos da assinatura da Lei Áurea. Para homenagear a data, o cinema do IMS fará uma exibição especial de Terra deu, terra come (Brasil, 2010. 88’), de Rodrigo Siqueira, que se passa no quilombo Quartel do Indaiá, em Diamantina, na região onde Chichico Alkmim passou sua infância e juventude. No filme, Pedro de Almeida, garimpeiro de 81 anos, comanda como mestre de cerimônias o velório, o cortejo fúnebre e o enterro de João Batista, que morreu com 120 anos, num ritual em que vêm à tona as raízes africanas de Minas Gerais.
A obra de Chichico Alkmim é composta por mais de cinco mil negativos em vidro e algumas dezenas de fotografias originais de época. Desde 2015, seu acervo está depositado em comodato no Instituto Moreira Salles.
Na abertura da exposição, será lançado também um catálogo organizado pelo curador.
Chichico Alkmim (1886-1978) estabeleceu-se em Diamantina, Minas Gerais, em 1912, e montou seu estúdio definitivo em 1919. Autodidata, fotografou casamentos, batizados, funerais, festas populares e religiosas, paisagens, cenas de rua e os habitantes da região. O acervo do fotógrafo está sob a guarda do IMS desde 2015 e inclui registros de Diamantina e arredores na primeira metade do século XX.
Exposição encerrada
Programação
Nenhum evento encontrado.