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Contraste

Stefania Bril e o livro fotográfico

Aproximações críticas

Mostra

Entrada gratuita
27/8/2024 a 31/10/2024

IMS Paulista

Biblioteca de Fotografia - 1º andar
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP

Horário

Terça a domingo e feriados (exceto segunda) das 10h às 20h. Última admissão: 30 minutos antes do encerramento

O saber aguçado e a percepção bastante precoce do potencial de um livro fotográfico – ou fotolivro como temos chamado hoje –, manifestados por Stefania Bril ao publicar seu Entre em 1974, parecem ter sido levados com ela para sua atividade posterior como crítica de fotografia. Entre os textos regulares para o jornal O Estado de S. Paulo e em suas contribuições e colunas para a revista Iris Foto, encontramos diversas resenhas de livros. Nesta mostra na Biblioteca de Fotografia, são agrupados alguns fotolivros sobre os quais ela escreveu, em textos nos quais destacava aspectos que dizem respeito a sua materialidade, à maneira como esse objeto tridimensional, diferente de uma exposição, pode dar forma à obra de um fotógrafo ou contar uma história – seja ao reconhecer o gênio de William Klein, que, ao fotografar para seu Close-up, “já pensa em forma de livro”, ou ao notar como Mario Cravo Neto “impõe o ritmo” e “amarra as cores, página por página” em Os estranhos filhos da casa.

Curadoria
Miguel Del Castillo

Livros em exibição

Acompanhados dos textos de Stefania Bril a seu respeito.


Visitação

Entrada gratuita
27/8 a 31/10/2024

Terça a domingo e feriados (exceto segunda) das 10h às 20h. Última admissão: 30 minutos antes do encerramento.

IMS Paulista
Biblioteca de Fotografia - 1º andar
Avenida Paulista, 2424
São Paulo/SP

Contato
(11) 2842-9120
[email protected]
Imprensa
(11) 3371-4455
[email protected]

Sobre Stefania Bril

Stefania Bril nasceu em Gdansk, na atual Polônia, e viveu a infância e adolescência em Varsóvia. Ao lado de seus pais, sobreviveu ao Holocausto, adotando uma identidade falsa e contando com a ajuda de organizações da resistência. Ao término da guerra, já casada, mudou-se para a Bélgica, onde se graduou em Química. Em 1950, Stefania e o marido migraram para o Brasil. Residindo em São Paulo, trabalhou com pesquisas nas áreas de bioquímica e química nuclear. Sua atuação na fotografia começou relativamente tarde, aos 47 anos, quando se matriculou na escola Enfoco. Após aprender o ofício, dedicou-se a fotografar com intensidade na década de 1970, produzindo especialmente ensaios.

No fim dos anos 1970, passou também a atuar como crítica e curadora. Foi a primeira pessoa a assinar como crítica de fotografia na imprensa brasileira, escrevendo por mais de uma década no jornal O Estado de S.Paulo e na revista Iris Foto. Em suas colunas analisou boa parte da produção fotográfica brasileira e internacional apresentada em São Paulo nos anos 1980. Stefania organizou ainda os primeiros festivais de fotografia no Brasil, os Encontros de Campos do Jordão, em 1978 e 1979, e concebeu a Casa da Fotografia Fuji, primeiro centro cultural em São Paulo voltado exclusivamente para o ensino e a divulgação da fotografia, que coordenou de 1990 a 1992.

O acervo de Stefania Bril inclui sua obra fotográfica, sua produção como crítica e sua biblioteca. A coleção foi adquirida pelo IMS em duas etapas: a primeira em 2001 e a segunda em 2012. O arquivo possui aproximadamente 15.000 imagens entre ampliações de época, negativos e cromos, além de farta documentação textual.

Autorretrato de Stefania Bril, c. 1971. Acervo IMS / Arquivo Stefania Bril


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