Desaparecidos

Danddara | Brasil | 2017, 15', Arquivo digital

A busca pelas vítimas da ditadura no Brasil é a face de um modus operandi do terrorismo de Estado, militaresco e branco do Brasil, mas revela também cisões internas na narrativa hegemônica de uma resistência esclarecida em todos os sentidos. Muitos dos ossos que nunca acharemos, mesmo que sejam apenas o pós do que foram os ossos, ainda são negros.

Um dia com Jerusa

Viviane Ferreira | Brasil | 2020, 74', DCP

A solidão é uma espécie de camada invisível que, aos poucos, cobre, como num véu ou numa bolha, toda a experiência de ser mulher negra no Brasil. Bisavós, avós, mães e tantas camadas interiores. É, como dizem, sobre o silêncio de permanecer quando ninguém mais está lá, mas saber também que, depois do silêncio, como Jerusa, há que se cantar a vida toda que berra lá fora.

As exibições serão antecedidas por uma apresentação em vídeo de Bruno Galindo, curador da mostra Um Brasil para Carolina.

Bruno Galindo tem 26 anos e atua como roteirista, assistente de roteiro e curador. No curso de Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos (SP), seguiu as ênfases em roteiro e hipermídia. Tem como suas maiores paixões as narrativas históricas e os gêneros ficção científica e fantasia, assim como os materiais de arquivo, desenvolvendo projetos que se utilizam de tais universos para a proposição de histórias e personagens centradas sobretudo na experiência negra e LGBTQIAP+ do Brasil.

A programação de filmes batizada Um Brasil para Carolina, exibida ao longo da exposição Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros. busca expandir e refletir, por meio do cinema e das imagens, alguns dos aspectos mais fundamentais do projeto estético, político, social e racial próprio da autora.