Ayako, jovem telefonista em uma companhia farmacêutica, tenta resistir ao assédio do patrão. No entanto, aceita tornar-se sua amante para pagar uma dívida do pai e evitar que ele vá para a prisão.
Nas palavras da crítica Barbara Sharres, “em Elegia de Osaka, a composição visual de Mizoguchi evoca, e sutilmente mina, um contexto no qual os homens detém o controle e as mulheres servem e aguardam. Esse reino dos homens é uma ilusão potente, construída como um belo brinquedo feito de portas deslizantes, papéis de parede e divisórias finas, cujos ambientes interiores parecem labirínticos e atemporais, graças ao uso que o diretor faz da profundidade de campo e dos planos abertos. As mulheres se curvam, se ajoelham e voltam atrás. Mas a ilusão opera em mão dupla e, mesmo quando Mizoguchi posiciona suas figuras masculinas de autoridade em primeiro plano é, muitas vezes, para envolver seus traços na sombra ou então comprometer seu poder.”
Inspirado no romance Mieko, de Saburo Okada, publicado em episódios no jornal Shinchô, o roteiro de Elegia de Osaka é a primeira colaboração entre Mizoguchi e Yoshikata Yoda, que foi um dos seus roteiristas mais frequentes. Conta Mizoguchi à revista japonesa Kinema Junpô: “Procurava uma nova direção e qualquer coisa inovadora em relação aos filmes sobre a época Meiji que estava habituado a fazer. Penso ter percebido bem a personagem feminina.”
SESSÃO EXTRA: no IMS Rio, o filme Elegia de Osaka será exibido no dia 18 de março, domingo, às 14h30.
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