Idioma EN
Contraste

Festejo muito pessoal + debate

Direção

Carlos Adriano

Informações

Brasil
2016. 9min. Livre

Formato de exibição

DCP

Parte da mostra

A exibição do curta Festejo muito pessoal precede o debate com os pesquisadores Stephanie Dennison, Maite Conde e Bernard Eisenschitz nos cinemas do IMS em São Paulo e no Rio de Janeiro. 

As sessões têm entrada gratuita, com lugares limitados.

IMS Rio: 29/9, domingo, 18h
Distribuição de senhas 30 minutos antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.

IMS Paulista: 1/10, terça, 19h
Distribuição de senhas uma hora antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.

Ensaio poético inspirado no artigo “Festejo muito pessoal”, de Paulo Emílio Salles Gomes (1916-1977). Em seu último texto (1977), póstumo, o autor faz um balanço crítico de suas relações com o cinema brasileiro e da urgência da preservação de filmes, diante das inúmeras perdas ao longo do tempo e à margem da história. Este cinepoema de reapropriação de arquivo justapõe fragmentos de filmes brasileiros do período silencioso citados no artigo-testamento e trechos de filmes de Jean Vigo, cineasta revelado para a história pelo crítico paulista. Na trilha sonora, músicas recolhidas pela Missão de Pesquisas Folclóricas, organizada por Mário de Andrade em 1938.

 “Um dos motes temáticos para o projeto foi justamente aquele ligado ao caráter visionário de Paulo Emílio: a consciência da constituição e da perda de um patrimônio audiovisual do Brasil”, escreve Carlos Adriano no texto “Festejo (e alguns lampejos)”, publicado na revista Rocinante. “A necessidade de construção e preservação da memória é acompanhada da evidência de irremediável decomposição e desaparecimento desta memória. Um dos momentos urgentes e atuais do artigo é quando o autor articula a reflexão sobre os filmes perdidos com a hipótese de uma cinemateca imaginária. E o conhecido engajamento político de Paulo Emílio ganha outros contornos e núcleos.

Ali está um achado (mesmo que de uma perda) que se revela determinante para um projeto cujo tema e forma é a própria matéria (de memória) de que é feita o cinema: a possibilidade de gerar uma história (um passado que se mantém num presente e aponta para um futuro) a partir de registros que testemunham sua passagem. O chamado imperioso da preservação de filmes não deixa de ouvir o contraponto do recurso imponderável da invenção, num improvável sistema de compensações.”

O filme foi realizado no âmbito das comemorações do centenário de Paulo Emílio, em 2016, e entre os prêmios recebidos estão os de Melhor Curta-Metragem pelo Júri Oficial do Cine Ceará, em 2017 e, no mesmo ano, no É Tudo Verdade, Menção Honrosa do Júri Oficial e Prêmio da Crítica.

Íntegra do texto de Carlos Adriano.


Sobre os debatedores

Stephanie Dennison é professora titular de estudos brasileiros na Universidade de Leeds, Inglaterra, onde exerce a função de diretora do Centre for World Cinemas and Digital Cultures [Centro de Cinema Mundial e Cultura Digital]. Atualmente é presidente da Associação de Estudos Luso-Brasileiros do Reino Unido e Irlanda (ABIL) e é membro-fundadora de Rebrac, a rede europeia de pesquisadores de estudos culturais brasileiros. É coautora, com Lisa Shaw, de dois livros sobre cinema brasileiro e organizou World cinema: as novas cartografias do cinema mundial (2013). Junto com Maite Conde, editou a primeira coletânea em inglês dos ensaios de Paulo Emílio Salles Gomes (Paulo Emílio Salles Gomes: On Brazil and Global Cinema, 2018). Seu próximo livro, Remapping Brazilian Film Culture in the 21st Century [Remapeando a cultura cinematográfica brasileira no século 21], sai em outubro de 2019 pela editora Routledge.

Maite Conde é professora de estudos brasileiros e cultura visual na Universidade de Cambridge e fellow no Jesus College, Cambridge. É autora de dois livros sobre cinema brasileiro: Consuming Visions. Cinema, Writing and Modernity in Rio de Janeiro (2012) e Foundational Films. Early Cinema and Modernity in Brazil (2018). Junto com Stephanie Dennison, organizou a primeira coletânea em inglês dos ensaios de Paulo Emílio Salles Gomes (Paulo Emílio Salles Gomes: On Brazil and Global Cinema, 2018).

Bernard Eisenschitz é um dos tradutores e pesquisadores mais conhecidos da sua geração. Ativo desde os anos 1960, ligado à Cinemateca Francesa e aos Cahiers du Cinéma, é autor, entre outros, do clássico Roman Américain: Les Vies de Nicholas Ray (1990), de Fritz Lang au Travail (2002) e de obras sobre o cinema alemão, Robert Kramer, Ernst Lubitsch e O homem que quis matar Hitler (Man Hunt), de Fritz Lang.


Programação

Não há sessões previstas para esse filme no momento.


Como participar

Debate com Stephanie Dennison, Maite Conde e Bernard Eisenschitz + exibição de Festejo muito pessoal
Entrada gratuita - Lugares limitados

IMS Rio: 29/9, domingo, 18h
Distribuição de senhas 30 minutos antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.

IMS Paulista: 1/10, terça, 19h
Distribuição de senhas uma hora antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.


Mais cinema

Mais IMS

Programação

Nenhum evento encontrado.